RAMPA apresenta "A mão que segura e que se eleva no ar", uma exposição colectiva de Isabel Baraona, Mafalda Santos e Susana Gaudêncio com curadoria de Pessoa Colectiva. A exposição estará patente ao público até 28 de Março. [for English please scroll down] SINOPSE "A mão que segura e a que se eleva no ar" toma a poesia, a palavra e a arte como meios de resistência e liberdade, e como mote o conceito de escrita-imagem de Ana Hatherly. Reúne três artistas nas suas diferentes vozes, unidas pela mão inteligente de Ana. A filiação não envolve um tributo, indica sim uma celebração. Susana, Mafalda e Isabel sob o signo da artista, mãos firmes, que seguram e fixam linhas, revoluções da imagem e do texto. Desenhar e escrever, seja figura ou palavra, a mão executa uma acção hipnótica e muitas vezes de natureza mágica. Diz Paulo Pires do Vale que essa fronteira “é lugar de metamorfose, entre o texto como imagem e o desenho como escrita”. A mão é acção, faz surgir sobre uma superfície algo que era até então invisível e silencioso. Traça linhas negras e encantadas nesse lugar reserva da imaginação. A criação poética existiu sempre como meio de resistência. Já o discurso político do status quo, que apresenta como característica uma voz única e mono direcionada, apoia-se num significado denotativo da linguagem, onde a ambiguidade deve estar ausente. O acto artístico faz de nós seres voltados para a construção do futuro, transformando o nosso presente de múltiplas formas, sendo aqui, cremos, que arte e utopia se relacionam. — SYNOPSIS Under the driving force of Ana Hatherly's concept of image-writing, "The hand that holds and the one that rises in the air" uses poetry, words and art as means of resistance and freedom. United by Ana's intelligent hand, this exhibition gathers the distintic voices of three artists, in an affiliation that does not constitute a tribute, but rather a celebration. Susana, Mafalda and Isabel under Hatherly's sign, firm hands, holding and setting lines, convening revolutions of image and text. In drawing and writing, whether image or word, the hand performs a hypnotic and magical action. Paulo Pires do Vale says that this relation “is a place of metamorphosis, between text as image and drawing as writing”. The hand brings to the surface what was invisible and silent before, enchanting with black lines the site where imagination resides. Poetic creation has always existed as an engaged practice of resistance. By contrary, the political discourse of the status quo, targets a unique voice, sustained by the denotative value of language and from which all ambiguity must be absent. The artistic act allows us to enact ideas for the future, transforming our present in multiple ways. We believe that it is within this process that art and utopia can meet.