Mist / Niebla / Névoa 'É o reflexo de uma viagem. Através da névoa, totalmente acordado, a procura é activada. Um mundo ideal, utópico é revelado. Ilusão disfarçada de possibilidade? A ânsia pelo que é apenas entrevisto? Um horizonte irremediavelmente inalcançável? Neste espaço projectado reside a experiência: um encontro puro, perfeito e sublime.' Mariano Rennella Mariano Renella (1976, Buenos Aires). O seu trabalho tem sido publicado nos principais jornais espanhóis, tais com El Mundo, El País ou Abc, e em publicações digitais como a Lens Culture, Blue Magazine, Pilerats, entre outras. Colaborou com a revista nova-iorquina Omen nas séries Life around the burning ghat (A vida em redor de degraus em chamas) e Gogo Dancers (Dançarinas Gogo). Instalado sobretudo em Espanha, mas assumindo-se um devoto da vida transitória, Mariano Renella esteve em residência artística no Carpe Diem - Arte e Pesquisa, em 2015. O seu primeiro projecto, Gogo Dancers, fotografado em Ibiza, foi seleccionado pela galeria Pabellón 4 para integrar o Festival de lá Luz, realizado em Buenos Aires, em 2004. Em 2009, expôs a série Red (Vermelho) em Madrid, na galeria Rojo Máquina, seguindo-se a sua reportagem sobre o Ginásio Banglamphu de Muay thai boxing, na Bangkok's Photo Gallery, em 2011. Niebla (Mist, Névoa) foi exposta em Madrid, na Casa de América, e integrou a Photoespana 2015, no Carpe Diem - Arte e Pesquisa, em Lisboa. O seu trabalho é apresentado na Colecção Itinerâncias Edições Carpe Diem. "Desde muito pequeno que sou apaixonado pela ideia de viajar, e o meu amor pela Fotografia tem muito a ver com isso. Tem estado em mim a cada hora de cada dia, desde o momento em que embarquei nesta busca pela imagem e pela sua capacidade de comunicar, há cerca de vinte anos. Acima de tudo, valorizo a experiência, o acto de fotografar, que se tornou uma necessidade. A Fotografia é como um encontro próximo com as coisas de que mais gosto em mim; põe-me em órbita, por assim dizer. O meu processo de trabalho baseia-se na intuição, apenas com um planeamento básico (por vezes, nem isso). O conceito é, normalmente, um resultado directo da experiência. Sou um firme crente no poder da imagem, por oposição à superabundância do discurso. Sempre me interessei em documentar a minha visão particular da realidade, ainda que, ultimamente, tenha vindo a alargar os meus horizontes para incluir aquilo que é dificilmente perceptível, as esferas da ilusão e do sublime. Mist (Névoa), um dos meus trabalhos mais recentes, é um claro exemplo dessa nova abordagem." Mariano Rennella