17:00 até às 20:00
Inauguração | LAURENT IMPEDUGLIA | Drawings and Prints | 9 de NOV | 17h00

Inauguração | LAURENT IMPEDUGLIA | Drawings and Prints | 9 de NOV | 17h00

(english version scroll down)

Olá a todos,
no próximo sábado dia 9 de Novembro vamos inaugurar a exposição Drawings & Prints do artista belga Laurent Impeduglia na Galeria Dama Aflita, a partir das 17h00. Mais uma vez contamos com a vossa presença!

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Sobre o autor
Laurent Impeduglia (be)

Na carreira de Laurent Impeduglia destaca-se a sua exposição individual em Brasseurs, Liège,
em 2007, como paradigmática. Após a conclusão da licenciatura em Belas Artes, Laurent esteve envolvido na produção independente de fanzines e comic books. O prémio de melhor Comic Book alternativo atribuído a Mycose pelo Festival Angoulême em 2006 reconhece a energia colectiva e a natureza voluntariamente provocadora de uma dúzia de artistas, criados a latas de cerveja e rock’n’roll, que abriram novos caminhos para a edição independente e para as viagens pessoais.

Com Make a Wish, Build your Life, Impeduglia na sua afirmação como jovem artista/artesão posiciona-se num cenário onde mistura a pintura, a escultura e a instalação. Retrata a transição da adolescência para a idade adulta recorrendo a referências à alquimia (stylus, kiln…) mas também à cultura popular inerente a uma criança crescida nos anos 1980 (os primeiros videojogos, o merchandising de comics e os cartoons orientais). Os seus temas recorrentes abordam a confrontação de símbolos, simultaneamente e sem ordem particular, a filosofia é questionada e o prazer é regressivo, permitindo vários níveis de interpretação, tanto profundos como jocosos, mas graças a uma boa dose de escárnio não se tornam hipócritas.
Ao longo da sua carreira, a mesma tensão demiúrgica presente no desejo de construir e desconstruir é evidente; sobrepondo referências ao ponto de lhes remover a sua essência, respeitando a perspectiva isométrica e ao mesmo tempo varrendo-a para fora, numa queda energética, pomposamente gabando o seu nome para, de seguida, evidenciar que significa "viagem sobre os seus próprios pés" em siciliano, afirmando o texto como parte da obra e reescrevendo-o com erros ortográficos como uma espécie de dislexia simplificada.

Omnipresente na sua produção artística, a cor branca afirma-se na exposição de Brasseurs, inevitavelmente associada à norma do espaço de exposição e à ideia de pureza. Torna-se crucial na peça "Quitter Liége" (deixa Liège) no veículo frágil e improvisado como objecto metafórico para o início da sua carreira internacional. Isto significa não desistir de um certo ideal, nomeadamente ao evitar o pensamento singular em função do mercado da arte contemporânea. Nas suas primeiras telas de grande formato, esta relação entre dinheiro e arte é já questionada. Esta preocupação constante é traduzida na representação da venalidade, na representação do dólar como símbolo, de um vampiro ou de um artifício de Damien Hirst.

Ao comparar-se a grandes figuras da arte do séc. XX denota uma fonte potencial de angústia à qual Impeduglia responde com ironia. Quando tenta revelar as suas influências, ele presta homenagem, entre outros, ao Do It Yourself da Pop Art ou à arte figurativa alemã dos anos 1980. Mas é na contramão de um certo respeito paralisante que recorre a nova terminologia (inococlassisimo, pós neo cretinismo…) para se expressar melhor.

Se Impeduglia joga com rótulos ou lugares secretos, é, sem dúvida, porque nada o repele mais do que a repetição ou ficar preso em barrancos criativos. Cada uma das suas séries não tem mais do que uma dúzia de peças, com destaque para a espontaneidade. Certamente a narração dos temas é constante, mas a maneira como ele representa o espaço, a paleta de cores ou os recursos, é constantemente reinventada. Este é o leitmotiv do seu processo criativo, ele afirma perder-se no seu caminho, troca ideias por outras e aceita qualquer contratempo.

Tempestuoso e generoso, o trabalho de Impeduglia não é sobrecarregado de fronteiras. De forma obstinada e de bom grado ridiculariza os valores estabelecidos (arte, trabalho, dinheiro, religião). Reúne nas suas obras composições com um sabor de fim do mundo, com estabilidade comprometida voluntariamente por equilíbrio precário, elementos destrutivos e fendas profundas. É também a representação não normalizada que denuncia as falhas e vitalidade interna de um indivíduo onde se consegue reconhecer uma geração inteira.

Julie Bawin

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Hello,
next saturday 9th November we´ll open the show “Drawings & Prints”, by Laurent Impeduglia (be), by 5 p.m.
Once again we'll be waiting for you!

About the artist

Throughout the artistic career of Laurent Impeduglia, his solo exhibition at the Brasseurs in Liege in 2007 is definitely one of the stand out points. After leaving the Fine Art Academy, he became more or less independent in terms of the world of fanzines and indie comic books. The alternative Comic Book prize awarded to Mycose at the Angoulême Festival in 2006, recognizing the collective energy and willingly provocative nature of a dozen or so artists raised on cans of lager and rock ‘n’ roll, paved the way for both publication and the possibility for a number of contributors to take a more personal journey.

With Make a wish, build your life, Impeduglia, in his quest for initiation as a young artist/craftsman, puts himself in the middle of a scenario mixing painting, sculpture and installation. He portrays the transition from adolescent to adult using multiple references to alchemy (stylus, kiln…), but also to the kind of popular culture inherent to every child of the 80s (early video games, merchandising from comics and Asian cartoons…) Recurrent themes are the confrontation of symbols where simultaneously, but in no particular order, philosophy is questioned and pleasure is regressive, allowing many layers of interpretation, both profound and playful, but thanks to a healthy dose of mockery, not self-righteous. Throughout the career of Impeduglia, the same demiurgic tension of his desire to both construct and deconstruct is evident; superimposing references to the point of removing their substance, respecting isometric perspective and then sweeping it away in one energetic fell swoop, pompously boasting about his name and then highlighting that it means “trip over your own feet” in Sicilian, taking a text and reworking it with spelling mistakes in a kind of simplified dyslexia…

Omnipresent in the artist’s production at any given moment of the exhibition at the Brasseurs, the colour white, almost inevitably associated with the norm of the gallery space and the idea of purity, is crucial at the moment when he gets ready to Quitter Liège (leave Liege) on a fragile makeshift vehicle to set off on an adventure of the beginning of an international career. This means not giving up on a certain ideal, notably by avoiding the seduction of singular thought and/or the contemporary art market. On his first large canvasses, like the one acquired by the SPACE Collection in 2003, he already questioned the relationship between money and art. This constant preoccupation is translated by the representation of venality in the form of the dollar sign, a vampire or a Damien Hirst gimmick.

Comparing himself to the great figures of the history of 20th Century Art is also a potential source of anguish which Impeduglia responds to with irony. When he tries to reveal his influences, amongst others, he pays tribute to ‘Do It Yourself’ Pop Art remnants or German figurative art from the 1980s. But going against the grain of often paralyzing respect, he uses new terminology (iconoclassicism, post neo cretinism…) to express himself better.

If Impeduglia plays around with labels and pigeon holes, it is without a doubt because nothing repels him more than repetition or being stuck in a creative rut. Each of his series never has more than a dozen pieces and the evolution of his work which claims to be more and more spontaneous, is perceptible from one month to the next. Certainly, the narration of the themes is constant, but the way he represents space, the palette and the strokes is constantly being reinvented. Thus, his recent canvasses, which are oil-based, reestablish the subject of the picture with more sensuality and with this, he associates a return to pleasure through spontaneity. This is a leitmotif of his creative process, he claims to lose his way, bounce ideas off other ideas and accept any mishaps.

Tempestuous and generous, Impeduglia’s work is not burdened by boundaries and obstinately and gladly ridicules the established values (art, work, money, religion…) brought together in his compositions with a flavor of the end of the world, with stability voluntarily jeopardized by precarious balance, destructive elements and deep cracks. It is also the unnatural presentation of more or less corrected flaws and the internal vitality of an individual in whom an entire generation can recognize themselves – a generation strangely labeled X.

Julie Bawin
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