Mulheres e Crianças do Axé | Kamilla Dantas
Conferência | 24 de maio – 17h30 às 19h00
Entrada Livre
O Candomblé da Bahia, até meados do século XX, era um meio de preservação do patrimônio étnico dos africanos e afro-descentes. Igualmente, era um instrumento de resistência à escravidão e ao sistema opressor branco e cristão. O nordeste do Brasil, sobretudo a Bahia, recebeu uma grande quantidade de escravos Yorubás, oriundos do Golfo do Benin, chamados em território brasileiro de Nagôs. Um número expressivo de grupos étnicos falantes do Ewe-fon, os Jejes, somaram-se aos Yorubás na Bahia e forneceram um modelo de culto. Foi neste panorama que se destacou o papel da mulher. A mulher foi a sacerdotisa central dos primeiros terreiros que se tem notícia e continua a exercer um lugar fulcral na hierarquia, organização e continuidade, através de seus filhos, do Candomblé da Bahia.
Sobre Kamilla Dantas
Fotógrafa. Doutoranda em Altos Estudos em História e Mestre em História pela Universidade de Coimbra. Atua nas Seguintes áreas: História Medieval, com ênfase em literatura e pintura; História do Trabalho, com ênfase em iconografia dos movimentos sindicais e sociais da segunda metade do século XX; e História das Religiões, com ênfase no Candomblé da Bahia. Tem artigos publicados nas revistas Discursos Fotográficos (Londrina, Brasil) e Brathair (periódico acadêmico semestral dedicado aos estudos célticos e germânicos). Expôs fotografias relacionadas ao Candomblé da Bahia na 7º Primavera de Museus, realizada no Brasil em 2013; na X Semana de Educação da Pertença Afro-Brasileira, realizada em 2014 na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; e no Encontro Luso-Brasileiro Portugal e Brasil - Diálogos Historiográficos, realizado em 2015 na Universidade de Coimbra. Tem fotografias publicadas em revistas e catálogos de circulação no Brasil, Portugal e Espanha.
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