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'Olhares de Mulheres' - Visita Guiada|Debate

"Olhares de Mulheres" - Visita Guiada|Debate

A Câmara Municipal de Coimbra e a Mercearia de Arte no âmbito da exposição “Olhares de Mulheres” propõe uma Visita Guiada/Debate com a presença das algumas das artistas patentes na exposição, moderada pela criadora e curadora do Projeto SHE/ELA – Genoveva Oliveira, na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, a 7 de março, pelas 16 horas.

Esta Visita Guiada/Debate partilha dos objetivos subjacentes ao projeto: perscrutar, realçar e difundir o papel da mulher nas artes visuais, na criação artística, na curadoria, na crítica e na investigação, através das experiências pessoais e carreiras das dez artistas presentes, patentes na exposição.

A exposição coletiva de arte contemporânea “Olhares de Mulheres”, com dezasseis artistas portuguesas, integrando a pintura, a fotografia, a escultura, a ilustração e a instalação, reunindo assim manifestações díspares, mas bastante sintomáticas da riqueza expressiva declinada no feminino.

Com a presença das artistas:

Andrea Inocêncio | Ana Pais Oliveira | Cláudia Lopes | Débora Esperança 
Helena Dias | Mariana Sampaio | Patrícia Geraldes 
Sandra Ferreira | Susana Aleixo Lopes | Tatiana Santos

Projeto “SHE/ELA - Idiomas femininos - processos criativos, reflexões e resistências”
"O projecto português “SHE/ELA - Idiomas femininos - processos criativos, reflexões e resistências” tem como objectivo perscrutar, realçar e difundir o papel da mulher nas artes visuais, na criação artística, na curadoria, na crítica e na investigação. Nesta fase inicial integram o projecto museus, universidades e espaços de arte alternativos com o objectivo de investigar, reflectir e tomar um posicionamento sobre o papel da mulher na arte. É criada uma “rede” de partilha a nível nacional e internacional que envolve instituições públicas e privadas que desenvolvem actividades dentro do seu âmbito de trabalho como exposições de mulheres artistas e / ou discussões críticas (mesas redondas, seminários, jornadas, conferências) sobre a temática."

Genoveva Oliveira 
(Criadora e curadora do projecto)


Algumas notas biográficas:

Andrea Inocêncio nasceu em Coimbra, Portugal em 1977. Assistente Convidada de Artes Visuais na ESEC - Instituto Politécnico de Coimbra (2010 - 2012). Vencedora do Concurso de projetos artísticos "Serralves em Festa" (Porto, 2010); bolsa do programa INOV-ART da DGArtes (Barcelona, 2009); bolsa do programa de Apoio à Internacionalização do Instituto Camões (Argentina, 2009) e bolsa do programa Eurodissée (Paris, 2008).
Pós-graduação em Culturas e Discursos Emergentes: da crítica às manifestações artísticas pela UNL & Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2008); pós-graduação em BD e Ilustração pelo IADE (Lisboa, 2002); master em Cenografia e Arquitectura do Espectáculo pela Escuela Superior de Artes del Espectáculo TAI (Madrid, 2001) e licenciatura em Pintura pela EUAC (Coimbra, 2000). Expõe e apresenta performances individuais e colectivas desde 1996. A sua práctica artística passa pela fotografia, performance, instalação, desenho, cenografia e figurinos para teatro, etc. O contexto da sua obra tem um compromisso social e político através de um diálogo crítico e irónico. Gira em torno de conceitos como as fronteiras culturais, identidade, género, estereótipos e as dificuldades que os preconceitos sociais trazem às relações humanas. Questiona também, a figura da mulher artista, heroína, migrante e em trânsito, a violência social e a permanente luta por sobreviver num meio hostil. O seu trabalho tem por base a observação e a participação activa num processo contínuo de investigação e de criação quer colectiva como individual. Desenvolve projectos em colaboração com artistas portugueses e internacionais provenientes de várias áreas, procurando enriquecer a sua prática artística e explorar a transdisciplinaridade através destes encontros. É fundadora do colectivo de performance Malparidas juntamente com Valeria Cotaimich (Argentina) e Melina Peña (México). 

Ana Pais Oliveira (Vila Nova de Gaia, 1982) é licenciada em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, onde frequenta o doutoramento em Arte e Design com o projeto Mecanismos de contaminação entre o espaço pictórico e o espaço arquitectónico nas práticas artísticas contemporâneas: o papel da cor. É membro colaborador do núcleo de investigação em Arte e Design no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade e bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). É também membro do AIC Study Group on Environmental Colour Design e da APcor – Associação Portuguesa da Cor. Faz parte da seleção portuguesa para a Bienal Jovem Criação Europeia 2013/2015, itinerante por nove países europeus, foi selecionada para a XV Convocatória da Galeria Luis Adelantado em Valencia (2013) e venceu o Kunstpreis Young Art Award <33 [colour] da Galeria Art Forum Ute Barth em Zurique, Suíça, onde expôs individualmente no Verão de 2014. Foi também nomeada para o Pegase International Art Award, fazendo parte da seleção de 30 artistas de todo o mundo. Obteve o Prémio Aquisição dos Amigos da Biblioteca-Museu de Amarante na 9ª Edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso (2013), o 1º Prémio Aveiro Jovem Criador (2009), o 1º Prémio Engenho e Arte – Melhor Trabalho Nacional (2009), o 3º Prémio no 1º Prémio Jovem de Artes Plásticas da Figueira da Foz (2009), o 1º Prémio Arte XXI 10 (2009), o 1º Prémio Eixo Atlântico na VIII Bienal Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular (2008) e o 1º Prémio de Pintura Estoril Sol (2006). Participa regularmente em conferências e seminários, tendo recentemente apresentado o seu trabalho em conferências em Génova, Newcastle, Valencia, Lisboa e Porto. A sua obra está representada nas coleções da Fundação Focus-Abengoa (Sevilha), Banco BPI, Grupo Lena Construções, Eixo Atlântico, Casa da Cultura/Casa Barbot, Museu Municipal de Espinho e Museu Municipal de Amarante.

Cláudia Lopes, nasci em 1982 na Maternidade Júlio Dinis no Porto. Com os olhos abertos, muito grandes. Cresci com dois irmãos e, consequentemente, rachei a cabeça mais vezes do que seria de supôr a uma menina. Aos três anos comecei a escrever. Copiava as letras de tudo o que via, juntava-as e pensava que era assim que se escrevia. Aprendi a ler com quase sete anos. Demorei porque não conseguia ver. Os meus primeiros óculos fizeram-me nascer de novo. Desenhava de forma compulsiva e enquanto desenhava criava histórias, contava-as para o meu ser interior. Soube desde os onze anos o que queria ser quando fosse grande. Hoje chamam-lhe artista, na altura não era esse o nome. Hoje continuo, cúmulo de todos esses anos passados e arranhões. Os olhos continuam grandes, ainda tenho óculos, as histórias que conto não sei se são tão bonitas. Continuo a sentir-me como há 29 anos atrás. Na altura comecei a escrever mas não sabia ler. Imaginava que, juntando as letras, aquelas grafias eram as palavras que realmente as significavam. Pode ser que um dia consiga perceber o verdadeiro absoluto dessa condição – o desejo e a imaginação são o pensamento. Tudo o resto são acessórios para que o pensamento se faça entender.

Débora Esperança nasceu em 1989. Licenciada em Fotografia e Cultura Visual pelo IADE em 2013, de momento frequenta último ano do mestrado de Arte Multimédia - Fotografia, na Universidade de Belas Artes	de Lisboa. Em 2013 participou na exposição colectiva do X’13 (IADE), e em 2014 esteve presente na exposição colectiva inserida no Festival Miradas de Mujeres, em León, Espanha. 

Helena Dias é natural de Viana do Castelo (1956), vive e trabalha em Oliveira de Azeméis. Licenciada em Pintura pela ESBAP (Escola Superior de Belas-Artes do Porto) em 1976, professora durante mais de trinta anos, regressa a uma atividade artística intensa nos últimos anos, com exposições coletivas e individuais, quer no nosso país como fora dele. Naturezas, paisagens ou mera abstração que a mancha proporciona ao expandir-se pela tela, através de tonalidades gritantes, insinuam-se integradas num possível impressionismo contemporâneo onde as variações de cores não são captadas ao ar livre, mas no imaginário da própria pintora que lhes dá as emoções de uma natureza íntima, intensa, rica, acolhedora. Cores puras, sombras luminosas, colocadas lado a lado, vão-se misturando tão só com o olhar do observador que lhes dá efeitos de óptica registados num momento breve. Este é o seu impressionismo pessoal de formas e de gestos que rodopiam pela pintura, emanando alegria.

Mariana Sampaio nasceu a 27 de agosto de 1991 na Golegã, Santarém. Realizou um Workshop de Cerâmica e Azulejaria na Faculdade de Belas Artes do Porto. Estudou Artes Visuais na Escola Secundária Maria Lamas, em Torres Novas. Participou na Mobilidade Erasmus em Belas Artes em Birmingham Institute of Artes and Design em Birmingham, Inglaterra. Finalizou a licenciatura em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (2012). Atualmente frequenta o Mestrado em Artes Plásticas na mesma Instituição. Realizou diversos workshops em fusão e sopre de vidro, no CENCAL, Marinha Grande. Realiza exposições com alguma frequência, em Portugal e no estrangeiro, é ainda uma das artistas portuguesas selecionada para o “Jeune Création Européenne 2013/2015".

Patrícia Geraldes nasceu em 1980, no Porto. Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes do Porto em 2005, desde então tem vindo a desenvolver diversas exposições em Portugal e no estrangeiro. Em 2010 foi bolseira do programa Inovart e desenvolveu um conjunto de projetos de exposição e arte pública no Sunaparanta, em Goa. A sua intenção é contar histórias do tempo e da memória através da linguagem do desenho. Com a convicção que o tempo de espera é também o momento em que revisitamos as nossas memórias, é nesse instante que desenvolve esboços que depois se transformam em grandes desenhos e instalações. Recuperando rabiscos da sua infância e criando uma amálgama com as imagens que encontra na Natureza. Os desenhos podem ser feitos com a tinta preta que sai da sua caneta, mas também surgem dos fios que escorrem pela sua boca e deixam adivinhar paisagens e montanhas.

Sandra Ferreira nasceu na cidade de Coimbra, em 1974, é licenciada em Pintura, na Escola Superior de Tecnologias Artísticas de Coimbra (ARCA), em Coimbra. É membro e uma das fundadoras do colectivo “Trasfega”, grupo artesão que se dedica à transformação, design e produção de roupa e acessórios. Tem trabalhado como ilustradora em alguns livros, sobretudo infantis, e expõe regularmente deste 1995, tanto individual como coletivamente.

Susana Aleixo Lopes nasceu em 1987, em Ponta Delgada na ilha de São Miguel – Açores. Atualmente vive e trabalha em Coimbra. Em 2007 frequentou o curso de Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e licenciou-se em Escultura, terminando o curso durante Erasmus na Academia de Belas Artes de Gdansk, na Polónia, em 2012.
Tem vindo a expor desde 2010 e em 2014 foi convidada para o Festival de Arte Pública Walk&Talk Azores. Foi também selecionada para a Bienal de Coruche em 2013 e para a Exposição Internacional de Escultura Arte Mar Estoril em 2013 e 2014.

Tatiana Santos nasceu em Portugal, Leiria, a 5 de Maio de 1978, reside e trabalha em Coimbra. Concluiu, 2006, a licenciatura em Pintura, na Escola Universitária das Artes de Coimbra. Expõe regularmente desde 2005, em Portugal e no estrangeiro tendo sido premiada em diversos concursos. Em 2007 ingressa em vários movimentos artísticos, dos quais se destacam Ass. Cultural IC-Zero, Salão 40 e Lab Moviemente, na perspectiva de comissária e de artista plástica. Em 2009 torna-se proprietária da Galeria-Atelier Ícone, onde leciona pintura e promove diversas exposições, concertos, instalações. Foi comissária e produtora dos eventos, "Situarte"em 2010, "Delirum Coimbra Festival" em 2009 assim como "StrangerFestival" em 2009. Em 2010 faz parte da produção do festival "Lineu Up" (Festival de internacional de Arte e performance). Está representada em diversas colecções particulares e algumas galerias, nomeadamente a galeria Sete em Coimbra, Galeria Nuno Sacramento em Aveiro e por fim na Galeria Por Amor à Arte no Porto.

Genoveva Oliveira é licenciada em História e Ciências Sociais, Mestre em História Regional e Local (Vertente de História de Arte/Museologia) e é doutorada em História de Arte/Museologia (Vertente de História de Arte/Museologia). É a criadora do projecto feminista The She Project (2015);  do Projecto "No Silence, Paula Rego e Judy Chicago" (Envolveu a Universidade da Penn State nos E.U.A., Museu Casa das Histórias da Paula Rego e a realização de três exposições feministas nas Galerias Oficina, Nova Ogiva e o Museu MiMo - 2011/2013), autora e curadora do Projecto de Educação Patrimonial Rota de Arquitectura Korrodi (desde 2004); curadora do projecto "Brick Parade"(envolveu alunos do ensino secundário e artistas plásticos, no Castelo de Leiria 2009/2011). Tem experiência em ensino secundário e universitário, bem como formação para técnicos de museus em educação museal e curadoria. Colabora com o Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa em investigação sobre Planeamento Cultural. É autora de inúmeros artigos científicos e publicações nas áreas da curadoria, educação museal e educação artística. Tem dado palestras e desenvolvido diversos projectos artísticos em mais de quarenta países nos cinco continentes.

Casa Municipal da Cultura de Coimbra
Rua Pedro Monteiro
3000-229 Coimbra

Horário
Segunda a sexta-feira: 9:00 - 19:30   
Sábado: 11:00 - 13:00 e 14:00 – 19:00 
Encerra domingos e feriados
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