Estreia Mundial
Pedro Carneiro – marimba
Eduardo Raon – harpa
Local | Auditório da ReitoriaA improvisação destes dois grandes instrumentistas não vem tanto do Jazz como da abstração da música erudita contemporânea, nomeadamente de compositores como Xenakis ou John Cage. Para complementar os rácios de improvisação, liberdade e exploração sonora, porque não incluir outro conceito comum aos dois instrumentos na figura da suspensão?
Tanto a marimba como a harpa são instrumentos de vibração amortecida, e um dos desafios presentes para estes dois criadores passa em grande parte pelo desafio da suspensão no sentido de algo que não (de)cai. Isto sugere-nos imediatamente uma série de conceitos e possibilidades associados: continuidade, levitação (circo, ilusão), gravidade ou ausência dela, energia, sustentação, infinitude, imobilidade (ou o inverso), constância, nível/cota.
Percussionista e virtuoso da marimba, Pedro Carneiro é também compositor, instrumentista e chefe de orquestra, cujo trabalho pode ser encontrado em mais de uma centena de obras. O seu trajeto nos caminhos da música clássica e contemporânea é vastíssimo e amplamente reconhecido, tendo a sua faceta de compositor vindo a ganhar preponderância, a par do seu mais recente percurso de improvisador.
Nos últimos anos, Carneiro protagonizou alguns discos em duo com Carlos Zíngaro, Pedro Melo Alves, Rodrigo Pinheiro e Fritz Hauser, entrando assim no panteão dos mais ilustres improvisadores nacionais. Os caminhos da música aventureira portuguesa são plenos de encontros, ramificações e aversões a zonas de conforto; o espírito livre far-se-á sentir na sua plenitude, ainda e sempre.
Tanto a solo como como membro de vários agrupamentos, Eduardo Raon (Lisboa, 1978) tem colhido reconhecimento como harpista, compositor e sound designer. A sua harpa vem sofrendo abusos e perversões múltiplas, algumas analógicas, outras eletrónicas, todas consentidas e incentivadas pela própria. Desenvolvendo a sua atividade em Portugal, na Eslovénia, onde reside, e um pouco por toda a Europa, tem tocado e colaborado intensamente com artistas de diversos campos artísticos, de várias geografias diversas e expressões singulares.
No campo das artes performativas, o seu trabalho é não menos profícuo, assinando bandas sonoras para diversas performances, coreografias e encenações teatrais. Com uma ligação especial ao cinema, compôs bandas sonoras, algumas premiadas, sonoplastia e/ou misturas para documentários, longas-metragens e cinema de animação. Tem também acompanhado cinema mudo em conceituados festivais internacionais. Juntamente com Joana Sá e José Luís Martins faz parte do muito original grupo Powertrio.Estreia mundial para este duo que obviamente nos deixa suspensos na expectativa do que virá.
Organização
NOVA CULTURACo-organização
American Corners Portugal
Biblioteca da FCT
INETApoios
Instituto Italiano de Cultural de Lisboa
Turismo de LisboaMedia Partners
Antena 2
Futura
http://Jazz.pt/