Espetáculo teatral da companhia Sul, encenado por Ricardo Aibéo, e enquadrado na Aula Aberta de início do ano letivo dos Mestrados em Filosofia e em Estética e Estudos Artísticos, bem como na investigação sobre filosofia e teatro do Grupo de Filosofia e Literatura do CultureLab. O espetáculo decorrerá no Salão Nobre do Colégio Almada Negreiros (FCSH), nos dias 21 e 22 de setembro. A Aula Aberta terá lugar no dia 22 de setembro. Entrada livre, sujeita à lotação da sala. Reservas para: sul.artistica@gmail.com PROGRAMA 21/09 19h – 20h45 Rinoceronte, de Eugène Ionesco 22/09 19h – 22h Rinoceronte, de Eugène Ionesco Aula Aberta dos Mestrados em Filosofia e em Estética e Estudos Artísticos SINOPSE Um rinoceronte atravessa a rua a toda velocidade numa pacata cidade. Traz consigo a “rinocerite”, doença que contagia progressivamente os habitantes tornando-os conformistas e uniformizando o seu pensamento, até os converter em rinocerontes. Em 1960, Ionesco revela o ponto de partida para O Rinoceronte. Conta que o escritor Denis de Rougemont estava em Nuremberga quando ocorreu uma impressionante manifestação nazi em homenagem a Adolf Hitler. Uma multidão imensa esperava pelo Führer, que tardava em chegar. Quando a comitiva de Hitler apareceu, a histeria foi tão contagiosa que o próprio Rougemont se sentiu atingido, tendo sido levado a questionar-se: Que espécie de demónio o possuía ao ponto de ficar quase seduzido pela ideia de se entregar, como os outros, ao delírio insano? Este acontecimento inspirou Ionesco a escrever O Rinoceronte e surge relatado no seu livro Notes et Contre Notes, publicado em 1962, reforçando a tese de que O Rinoceronte constitui uma grande sátira ao nazismo. SOBRE O AUTOR Eugène Ionesco nasceu em Slatina, na Roménia, a 26 de Novembro de 1909. Filho de pai romeno e mãe francesa, Ionesco passou a maior parte da sua infância em França. No princípio da sua adolescência voltou à Roménia, onde mais tarde se formou como professor de francês. Regressou a França em 1938 para concluir a sua tese de doutoramento e aí permaneceu, apanhado pela eclosão da guerra. Como dramaturgo fez a sua estreia em 1950 com a peça A Cantora Careca, trabalho que se tornou um exemplo clássico do teatro do absurdo – movimento literário que seguiu. O autor é considerado um dos pais do Teatro do Absurdo, e um dos maiores patafísicos e dramaturgos de sempre. A Patafísica, definida como “a ciência das soluções imaginárias e das leis que regulam as exceções”, foi cunhada pelo dramaturgo francês Alfred Jarry. Ionesco produziu uma vasta obra. Do seu património criativo, destacam-se O Rinoceronte, A Cantora Careca, As Cadeiras, A Lição, e Macbeth. O autor foi eleito membro da Academia Francesa em 1970. Morreu a 28 de Março de 1994 em Paris. FICHA TÉCNICA TRADUÇÃO Luís Lima Barreto ENCENAÇÃO Ricardo Aibéo INTERPRETAÇÃO David Almeida Dinis Gomes Duarte Guimarães Graciano Dias Ricardo Aibéo Rita Durão Sofia Marques LUZ/SOM Rui Seabra FOTOGRAFIA Bruno Simão GESTÃO ADMINISTRATIVA Patrícia André APOIO À PRODUÇÃO Leonardo Garibaldi PRODUÇÃO Sul PARCEIRO INSTITUCIONAL República Portuguesa – Ministério da Cultura APOIOS Câmara Municipal de Lisboa, Polo Cultural Gaivotas, CAL/Primeiros Sintomas Evento organizado no âmbito de um protocolo assinado entre a Universidade NOVA de Lisboa e a Sul – Associação Cultural e Artística, financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projeto UIDP/00183/2020.