Eve Risser | piano
Benjamin Duboc | contrabaixo
Edward Perraud | bateria“Pura magia! O álbum do ano. Se você acha que sabe como soa um trio de piano, tente de de novo.”
Stef Gissels, Free Jazz Collective“Muitos tentam habitar tal terreno, mas poucos conseguem sustentá-lo tão bem como estes três. […] uma pianista inovadora, que se inclui numa linhagem de exploradores que desenvolveram o piano preparado depois de John Cage, como Benoit Delbecq e Sophie Agnel.”
John Sharpe, All About Jazz“O trio viaja sempre junto, três corações batendo como um só.”
Selwyn Harris, JazzwiseQuando a etiqueta francesa Dark Tree editou o primeiro trabalho deste trio, em 2012, Eve Risser era uma prfeita desconhecida e tanto Benjamin Duboc como Edward Perraud ainda não tinham sido especialmente notados pela crítica internacional. O trio fazia da música improvisada uma espécie de paisagem sonora carregada de tensão em que qualquer um dos três estava em pé de igualdade, e dir-se-ia que nada tinha preparado o terreno para esse primeiro disco. A transição entre solo e construção era coisa inexistente, os temas longos eram explorados de forma minimal, sem nenhuma pressa, e dentro de cada um funcionava uma espécie de imagem quase parada, quase abstrata e quase concreta. Inquebrável e irrecusável. Apresentando uma música aparentemente disruptiva e até hermética, reuniu por assim dizer o consenso como melhor disco do ano, e projectou Eve Risser como um dos nomes maiores do novo jazz europeu. Actualmente, é presença assídua nos maiores festivais europeus.
Eve Risser nasceu em 1982 em Colmar, França onde viveu até aos 18 anos. Teve aulas de piano enquanto criança e viu notação gráfica pela primeira vez aos 11 anos. Esse contacto libertou a sua imaginação, logo reprimida pelo seu professor, que situou esse tipo de liberdade interpretativa dentro de uma prática de estudo mais ampla e rigorosa. Mudou-se para Estrasburgo onde estudou durante quatro anos, tocando jazz e música improvisada no piano e, na flauta, música contemporânea. Decidiu concentrar-se no piano depois de concluídos os estudos: "quando deixei a flauta — conta —, senti-me tão limitada nas minhas improvisações com timbres que comecei a explorar o interior do piano para poder imitar trompetes, percussões e saxofones”.
Risser foi pianista da Orquestra Nacional de Jazz de 2009 a 2013. Entre os seus trabalhos mais importantes destacam-se as orquestras White Desert e Red Desert, os dois discos a solo (“Des Pas Sur La Neige” e Aprés Un Reve”) e o dueto com a pianista Eslovena Kaja Draksler (“To Pianos”).
Nascido em 1969, Benjamin Duboc é uma voz muito forte no contrabaixo. Autodidacta antes de trabalhar com Jean-François Jenny-Clark e Bernard Cazauran, pensar o instrumento como a própria voz, como extensão do corpo, um simples ressonador, amplificador da interioridade. Tocou e gravou com grandes músicos como Ernest Dawkins, Bertrand Denzler, Roy Campbell, Jean-Luc Cappozzo, Sabir Mateen, Byard Lancaster, Daniel Erdmann, Abdelahaï Bennani, Michel Doneda, Daunik Lazro, Sunny Murray, John Betsch, com os portugueses Sei Miguel e Luís Lopes. Com Henry Grimes levou a cabo notável enorme dueto em Paris. Lidera o quinteto "Nuts" com Itaru Oki e Rasul Siddik, Makoto Sato e Didier Lasserre. Participa em "The fish" com Jean-Luc Guionnet e Edward Perraud, e “Rocks in the Sea”, com Mario Rechtern, Eric Zinman e Didier Lasserre. Com um generoso som de contrabaixo, explora-o de uma forma orgânica nos seus contextos preferidos, seja a música eletroacústica em vários contextos, sejam suportes e meios de expressão (música, dança, teatro, imagem...), seja no free jazz e improvisação europeia.
Músico, percussionista, compositor e fotógrafo, Edward Perraud é doutorado em musicologia com uma tese sobre a “genealogia da ideia na música”. Os seus estudos passaram pelo IRCAM, onde desenvolveu uma análise da obra do compositor espectralista Tristan Murail. Em paralelo, pratica as tablas com o mestre indiano Biplab Battacharia. Membro do trio Das Kapital, especializado na interpretação em formato jazz das partituras de Hanns Eisler, integra igualmente uma das formações mais prestigiadas da escola reducionista da livre-improvisação, Hubbub e tem tocado com nomes como Michel Portal, Fred Frith, Louis Sclavis, Joëlle Léandre, Tony Malaby, Henri Texier, Jean-Pierre Drouet, Damo Suzuki. É figura maior na incrível Orchestre Supersonic de Thomas de Pourquery.
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