A Mercearia de Arte apresenta a exposição coletiva “Teaser”, por Helena Dias, Verónica Calheiros, Ivo Hoogveld, Rui Oliveira, David Pereira, Teresa Costa Gomes, Patrícia Geraldes e David Rosado, de 27 de junho a 18 de julho. A coletiva que inclui trabalhos de Pintura, Escultura e Ilustração tem inauguração a 27 de junho, pelas 17 horas, na rua Alexandre Herculano, em Coimbra. A Mercearia de Arte aproveitando as caraterísticas singulares do seu espaço, com diversas salas individuais, convidou um grupo de artistas com os quais tem vindo a colaborar de forma pontual, e /ou a acompanhar percursos, a mostrar o seu trabalho na cidade de Coimbra. Este grupo de oito artistas, em que reconhecemos qualidades óbvias e muito mérito no trabalho desenvolvido, movimenta-se nas mais diversas áreas, desde a Pintura à Escultura, Ilustração ou Instalação. Todos artistas plásticos portugueses, das mais diversas zonas do nosso país, alguns com um percurso consolidado e com reconhecimento merecido, como a Helena Dias ou o David Rosado, outros ainda em ambiente de formação e início de um trajecto, que auguramos promissor, como a Verónica Calheiros ou a Teresa Costa Gomes, têm comum a qualidade que identificamos no seu trabalho e a vontade, ao longo destes primeiros largos meses da nossa atividade, em apresentar e divulgar o seu trabalho, e que por diversos motivos, sobretudo de calendarização, não foi possível até à data. A exposição “Teaser” promove assim um coletivo, no que poderiam ser oito exposições individuais, como um primeiro contato com a sua obra ou uma primeira provocação com o intuito de despertar o interesse e um acompanhamento dos seus trabalhos e percursos artísticos. Algumas notas biográficas: David Pereira nasceu a 29 de dezembro de 1990 em Lisboa, Portugal. Reside e trabalha nas Caldas da Rainha, onde frequenta o 3º ano da licenciatura de Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha O seu trabalho consiste na reutilização de objectos e materiais com carácter industrial, sendo o plástico a matéria preferencial das suas últimas séries. Utilizando um processo de aquecimento e fusão, produz formas simples e monolíticas, com a aparência de massas ou relevos, construindo formas sólidas de cores brilhantes através de processos mecânicos como a sobreposição de camadas. Mais informação disponível em dmaceuniverse.tumblr.com Patrícia Geraldes nasceu em 1980, no Porto. Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes do Porto em 2005, desde então tem vindo a desenvolver diversas exposições em Portugal e no estrangeiro. Em 2010 foi bolseira do programa Inovart e desenvolveu um conjunto de projetos de exposição e arte pública no Sunaparanta, em Goa. A sua intenção é contar histórias do tempo e da memória através da linguagem do desenho. Com a convicção que o tempo de espera é também o momento em que revisitamos as nossas memórias, é nesse instante que desenvolve esboços que depois se transformam em grandes desenhos e instalações. Recuperando rabiscos da sua infância e criando uma amálgama com as imagens que encontra na Natureza. Os desenhos podem ser feitos com a tinta preta que sai da sua caneta, mas também surgem dos fios que escorrem pela sua boca e deixam adivinhar paisagens e montanhas. Mais informações disponíveis em www.patricia-geraldes.blogspot.com Rui Oliveira, nasceu a 5 de Novembro de 1991 em Vila nova de Famalicão, Licenciado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, começou a expor com alguma regularidade nos últimos dois anos. O trabalho que tem vindo a realizar tem-se baseado essencialmente na representação de experiências de vida, e pode resumir-se em cinco palavras- chave: figura, medo, morte, sombra, luz. Assim, tem procurado de várias formas e com diferentes materiais, abordar o tema da ” morte” e do “medo”, tentando dar forma e figura a estas duas palavras. Neste sentido, a representação de crânios e situações caóticas, em desenho e pintura, constituem-se como uma abordagem fundamental e que melhor representam o universo imagético relacionado com a morte e o medo. Mais informações disponíveis em rgm117.wix.com/a-sombra-da-vida Teresa Costa Gomes nasceu em Lisboa, em 1993. Licenciada em Artes Plásticas, pela Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, conta desde o ano passado com uma dezena de exposições e três prémios na sua curta carreira. O seu trabalho artístico toca em muitas áreas e não se limita a nenhuma em concreto. O trabalho mais plástico, que considera inserido no âmbito das artes plásticas, desenvolve-se à volta de um assunto - a plasticidade e a relação das cores com as formas. É um navegar intuitivo, sem rumo - no “fim” de cada processo, cada pintura, cada desenho, é uma incógnita. Alargou a sua área de trabalho para a Arte Urbana, pinta murais aos quais chama ilustrações ampliadas, com a intenção de fazer com que os seus trabalhos transitem de “imagens “ para algo mais físico e tangível. Mais informação disponível em www.behance.net/se-mog Ivo Hoogveld perdeu o juízo há muito tempo, algures entre a Holanda e Portugal. Não se recorda muito bem do que aconteceu. Tem a esperança de que alguém o possa ter encontrado e guardado dentro de uma caixa de música. Espera, por isso recebê-lo de volta como prenda de anos. Hoje sonha acordado com índios, lápis de cor, supernovas e corações bons. Guarda ainda na barriga tardes de desenho, três elefantes que tem de dar de comer e uma vida de circo. Alguns dos seus desenhos podem ser vistos, alguns esquecidos e outros guardados religiosamente. Mais informação disponível em www.ivohoogveld.com David Rosado (1976) é natural de Évora, vive e trabalha em Lisboa. Conclui o curso de Artes Plásticas na Universidade de Évora em 2004, Pintura / Multimédia. Começa a expor os seus trabalhos em 1996 no Palácio D. Manuel em Évora. Das suas exposições individuais destacam-se: 2011 Galeria Michael Lyons Wier (NY) a exposição "BEAST", 2010 Höhle", Nogo (project-room for architecture, contemporary art & experimental cinema), 18 Março, Lisboa. The Rebirth of Lazarus na (galeria Pedro Serrenho, Lisboa, 2009), High Speed (Carlos Carvalho Arte Contemporânea Zoom, Lisboa, 2008), De Profundis (galeria Sopro, Lisboa, 2007). Em relação às exposições colectivas podemos referir as realizadas no Palácio Galveias por ocasião do Prémio Ariane de Rothschild, com atribuição do 3º lugar (Lisboa, 2007), na galeria Voghera11, (Roland the Bucther Boy, Milão, Itália, 2009), (Porno Start, Milão, Itália, 2009), na galeria Pedro Torres (Red, Logroño, Espanha, 2008) "Museu do Esquecimento" Exposição na Sociedade Nacional de Belas Artes Lisboa, e a sua participação nas várias edições da feira de arte contemporânea Arte Lisboa. Está representado em inúmeras colecções públicas e privadas com destaque para a colecção Banque Privée Ariane de Rothschild, Alcatel - Lucent, Portugal. Sousa Machado, Ferreira da Costa e Associados - Sociedade de Advogados, Lisboa e a participação na Artbasel 2012 (Artfiesta) e também na Artrio 2011. Actualmente é representado pela Galeria Toulouse(Tac) no Rio de Janeiro e pela , Greg´s gallery Alemanha e Galeria Majke Husstage, Holanda, Galeria Artform em Portugal. Mais informações disponíveis em davidrosadonet.blogspot.com rosadodavi.wix.com/davidrosado Verónica Calheiros nasceu a 29 de Dezembro de 1991 em Belmonte. Concluiu a licenciatura na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, no curso de Artes Plásticas. Atualmente frequenta o mestrado de Artes Plásticas, na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. No seu corpo de trabalho estabelece um diálogo com as próprias questões da pintura. Ao longo do qual podemos observar a criação de um abecedário pessoal, um dicionário pictórico que é trabalhado e explorado de diferentes maneiras, onde podemos encontrar ainda diversas construções de várias narrativas, onde são explorados vários universos que se compõe em vários micro mundos e que se apresentam num espaço ambíguo. Mais informação disponível em www.facebook.com/veronica.calheiros.9 Helena Dias é natural de Viana do Castelo (1956), vive e trabalha em Oliveira de Azeméis. Licenciada em Pintura pela ESBAP (Escola Superior de Belas-Artes do Porto) em 1976, professora durante mais de trinta anos, regressa a uma atividade artística intensa nos últimos anos, com exposições coletivas e individuais, quer no nosso país como fora dele. Naturezas, paisagens ou mera abstração que a mancha proporciona ao expandir-se pela tela, através de tonalidades gritantes, insinuam-se integradas num possível impressionismo contemporâneo onde as variações de cores não são captadas ao ar livre, mas no imaginário da própria pintora que lhes dá as emoções de uma natureza íntima, intensa, rica, acolhedora. Cores puras, sombras luminosas, colocadas lado a lado, vão-se misturando tão só com o olhar do observador que lhes dá efeitos de óptica registados num momento breve. Este é o seu impressionismo pessoal de formas e de gestos que rodopiam pela pintura, emanando alegria.