Dançar é a Minha Revolução 24 de novembro de 2019 14h30>23h30 Latoaria, Lisboa (entrada livre - sem marcações) "Dançar é a Minha Revolução” é um Evento/Manifesto de resistência e de elogio à experimentação artística em Portugal. "Dançar é a Minha Revolução" propõe uma programação que valoriza o lugar da dança e da pesquisa artística em Portugal, propondo assim, o surgimento de novas visões que se baseiam no valor fundamental da arte que é a liberdade. Este evento, que será constituído por performances e conversas, revela a multiplicidade do projecto Self-Mistake e as ligações criadas com os diferentes artistas apoiados. Self-Mistake é um projeto de curadoria que promove a liberdade artística, o risco e a experimentação na Dança Contemporânea, no âmbito da criação independente e emergente em Portugal. www.self-mistake.pt Programa 14h30>15h30 – Manifestos O que é emergente? 15h30>20h – Performances 21h30 - Estreia de Manifest de Tiago Vieira Performances: Telma João Santos - Manifestos O que é emergente? Silvana Ivaldi e Pedro Barreiro – Traumatheatre Tita Maravilha e Cigarra - Trypas-Corassão: Espetáculo em dois atos Andresa Soares – Combustão Mariana Barros - BrazilianStrip Banquete (Joana Martins, Júlio Cerdeira e Rúben Borges) – Ad Lucem Carlota Lagido - notforgetnotforgive Tiago Vieira - Manifest (Amar até às últimas consequências sempre, submissão nunca) Organização: Self-Mistake/ORG.I.A Curadoria e produção: Tânia Guerreiro Coordenação técnica: Carlos Ramos Apoio à produção: Marta Moreira e Ana Libório Apoio: [PI] Produções Independentes/Self-Mistake, Latoaria, Alkantara [PI] Produções Independentes é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes ORG.I.A é apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa Latoaria: Escadas do Monte, 9 ----- Programa Manifestos O que é emergente? Moderação performativa: Telma João Santos (aberto à participação) Lançamos a proposta para quem quiser intervir neste círculo com uma abordagem sobre o que pode ser considerado emergente neste momento, dos dispositivos, às perspetivas, aos conteúdos, às acções e ao pensamento, a partir de uma moderação performativa. Intervir com manifestos individuais ou coletivos sobre a (também) a emergência da partilha e de coletivo. Vozes que perdem o medo, vozes que se inscrevem, vozes sem voz no espaço público, vozes com muito impacto no espaço público, vozes que não se ouvem e vozes que são mais que ouvidas. Queremos juntar estas vozes e permitir encontrar as interseções, os lugares possíveis de construção de futuro nas artes Performativas em Portugal. Queremos criar espaço para a manifestação, a voz e a partilha. Espaço para que corpos dissidentes das artes Performativas em Portugal tenham lugar, inscrevam os seus manifestos e possam dar voz à realidade da criação artística (emergente) em Portugal. Silvana Ivaldi e Pedro Barreiro Traumatheatre – variação isolada (sopro) Uma atriz repete uma ação traumática como mecanismo de criação e representação dramática de intensidade crescente. Direção Artística: Pedro Barreiro e Silvana Ivaldi Interpretação: Silvana Ivaldi Produção: Maria Albergaria Trypas-Corassão: Espetáculo em dois atos Colectivo Trypas corassão Tita Maravilha e Cigarra Trypas-Corassão é um projeto estético-artístico-político, que consiste numa criação híbrida de teatro-música-performance em dois atos, numa pesquisa voltada para a estética pós-romântica e over-dramática. Nasce nessa ideia entre linguagens onde o teatro se torna a base de pesquisa para atenuar as fronteiras entre as artes, bebendo da performance e da música como possibilidade de cena. O espetáculo vem então num formato de teatro-concerto. O nosso conceito gira em torno da mulher (trans-travesti e cis) que carrega várias lembranças e deslembranças relacionadas com ódio e violência, mas também de muito poder de mudança e caminhos de amor (somos amor, trazemos amor). A partir destas transformações da narrativa autobiográfica e ultra pessoalizada, ódio e revolta tornam-se material de empoderamento, auto cura, viagem, olhar, poesia… Direção, cocriação cénica e musical, texto e atuação_ Tita Maravilha e Cigarra Cocriação e cenografia_ Manuela Curtiss Figurinos_ Marine Mårsigu Assistência de Produção_ Jessica Gandara Vídeo_ Duda Affonso e Júlia Nogueira Iluminação_ Luisa L'Abbate Apoio Residências Artísticas_ Self-Mistake/PI/ORG.I.A e Alkantara Self-Mistake/PI apoiado pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes ORG.I.A apoiado por Câmara Municipal de Lisboa Agradecimentos_ Fado Bicha / Bruno Saavedra / Gadutra / Emerson Pessoa / El Acauã / Luara Learth Moreira Andresa Soares Combustão É um processo de queima de ideias através de uma corrida em velocidade na qual se percorrerá em 20 min, 8,3 Km de pensamento. O fim desta corrida é perfeitamente igual ao seu começo - a fuga. A constante derrapagem que a caracteriza acontecerá na área de 0,40 m2 e não haverá qualquer direito a argumentação. Concepção/texto/performance: Andresa Som: Gonçalo Alegria Foto: Sara Rafael Mariana Barros Brazilian Strip Obra interativa, que mescla corpo, imagem, som e movimento. Programada para despir camadas e preconceitos. Uma persona Vodu apreciativa a o contemporâneo, às (des) políticas brasileiras, portuguesas e do mundo atual, ao feminino, as banalidades de entretenimento, a world music e outros assuntos. “Brazilian Strip” possui uma essência que comove as pessoas com seu cunho Performance, colagem sonora e figurino: Mariana Barros Banquete (Joana Martins, Júlio Cerdeira e Rúben Borges) Ad Lucem AD LUCEM parte de uma reflexão sobre registos fotográficos dos asilos italianos dos anos 30, para contruir um corpo refém e autoflagelador, que pendula entre a unidade e o fragmento, a carícia e a agressão, que é simultaneamente opressor e oprimido. Um corpo moeda, que se identifica na violência e no sofrimento. Pensando o corpo contemporâneo e a sua relação com a violência, Byug-Chul Han permitiu-nos percebê-lo como a sua maior vítima. A violência dos opressores dissipa-se e o corpo divide-se para desempenhar os dois papéis que historicamente correspondiam a corpos distintos. Mas como libertamos um corpo quando este é refém de si mesmo? AD LUCEM integra uma das premissas de estudo do BANQUETE: o corpo desantropomorfizado na relação com matérias transformadoras de realidade (sombra, cor e reflexo). Criação BANQUETE (Joana Martins, Júlio Cerdeira e Rúben Borges) Interpretação Júlio Cerdeira Música Rúben Borges Agradecimentos Cláudia Marisa, Samuel Guimarães e Sónia Passos Carlota Lagido Notforgetnotforgive notforgetnotforgive, pode ser lida como um posicionamento àcerca da importância da inscrição num mundo crescentemente amnésico. Esta recusa em esquecer e consequentemente em perdoar está ligada a uma negação da memória colectivamente partilhada. Em notforgetnotforgive, essa amnésia é recusada e desconstruída através de políticas da memória, com possíveis leituras auto-biográficas presentes na obra de Carlota Lagido. “Boys in the backroom”, originalmente cantada por Marlene Dietrich, faz eco de uma reivindicação política, a favor da inscrição de uma mulher, de um período histórico, de uma memória cinemática que dá corpo a este trabalho. Estamos, pois, na presença de uma peça que não só recorda, mas que proclama uma posição num mundo dominado por sound bytes. Notforgivenotforget recentra este mundo numa estética de intransigência com a figura moral/ista do perdão. Em vez disso, a sua rejeição do perdão procura fazer-nos pensar na nossa posição e as nossas alianças... (João Manuel de Oliveira) Tiago Vieira Amar até às Últimas Consequências Sempre, Submissão Nunca AMAR ATÉ ÀS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS SEMPRE, SUBMISSÃO NUNCA é uma performance teatral de características coreográficas, uma Primavera em ferida. O mito de Penélope surge desmultiplicado em diferentes corpos que originam uma coreografia que habitando paisagens de Guerra procura um corpo que surgindo das margens deseja uma Revolução onde dançar é uma ação democrática do corpo, uma forma de combater a falta de desejo e a estagnação, um movimento de resistência perante a náusea quotidiana, o tédio de todos os lugares opressores. Nietzsche escreveu: UM DIA EM QUE NÃO SE DANÇA É UM DIA PERDIDO. Esta performance criada exclusivamente para este Manifesto- Festival- Encontro criado por Tânia Guerreiro é uma transformação de um solo que fiz Bruxelas em que durante 12 horas dancei a Sagração da Primavera para um só espectador ou para um número muito reduzido de espectadores. Esse projeto contou com o apoio da Bolsa Self-Mistake. Encenação, texto, dramaturgia, figurinos, luz, cenário, desenho coreográfico: Tiago Vieira Interpretação: Teresa Machado, Marta Caeiro, Paula Moreira, Maria Lalande, Tiago Vieira Produção: ORG.I.A Apoio: Self-Mistake/Produções Independentes, Latoaria, Fundação Calouste Gulbenkian, MC/DGA (a confirmar) [PI] Produções Independentes é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes. ORG.I.A é apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa