Inauguração de "Primary structures: A place beyond failure", a primeira exposição individual de Marisa Ferreira na Galeria Presença, que estará presente até 3 de Março de 2018. "Para a minha primeira exposição individual na Galeria Presença criei obras que não apresentam respostas, mas antes um comentário em espécie de comemoração que incentiva as pessoas a desfrutarem das ruínas industriais como espaços de lazer e imaginação, tal como sugere Edensor (2005) no seu livro “Ruínas Industriais”. Inspiradas pela estética de desordem, surpresa e sensualidade das ruínas industriais da Companhia Portuguesa do Cobre (Porto), da Ceres Cerâmica (Coimbra), dos tanques para curtimento de couros (Guimarães) e do Instituto da Vinha e do Vinho que me ofereceram visões sobre o passado e um encontro táctil com espaço e materialidade, estas obras construídas essencialmente com materiais industriais, tais como ferro, alumínio, inox, vidro e espelho, estão intimamente ligadas à nossa memória colectiva, ao desejo e ao lugar. Talvez numa forma de não deixar cair no esquecimento esta parte da nossa historia, “o tempo de abandono”, depois destes edifícios em ruínas serem demolidos, recuperados ou lhes seja dada uma nova função (comercial, habitacional, etc.), várias das obras que compõem a minha exposição são inspiradas pela geometria, materialidade e cor dos elementos aí encontrados." - Marisa Ferreira Marisa Ferreira (Guimarães, 1983), vive e trabalha em Oslo (Noruega) desde 2008. Tem um mestrado em Artes Visuais da Universidade de Évora e formação em Arte e Design para o espaço público pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Participa em exposições colectivas desde 2003 e já teve várias exposições individuais, entre as quais, "Transparency, Reflection and Colour" no Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitectura em Guimarães (2016) e "Space, Rythim and Movement", na Messmer Kunsthalle (Alemanha, 2015). Desde 2011, tem também desenvolvido vários projectos de arte pública na Noruega e no estrangeiro entre os quais se destacam: “Rear Window” na Estação Central de Oslo (2015), “Voyage dans le’ rhytme” no novo Royal University Liverpool Hospital (2015-18), “Chromatic Rhythms” no St. Raphael College (Irlanda, 2016) e “Shall we dance?” comissariado pela Câmara de Oslo para o centro histórico da cidade (2017). É actualmente bolseira da Bildende Kunstneres Vederlagsfond e recebeu bolsas do Governo Norueguês para apoiar a sua actividade artística em 2011, 2012, 2016 e 2017. As suas obras figuram em várias colecções privadas e públicas na Noruega, Alemanha, Espanha, Suíça, França, Inglaterra e Portugal, entre as quais se podem destacar a Stavanger Kunstmuseum, Wintershall Art Collection e a Messmer Foundation. [EN] Opening 13.01.2018 at 4PM Opening of Primary structures: A place beyond failure, the first solo exhibition of Marisa Ferreira at Galeria Presença, that will be held until 3rd March 2018. “For my first solo exhibition at Galeria Presença, I've created works of art that aren’t bringing any answers, but a comment as a sort of commemoration that invites people to enjoy the industrial ruins as spaces of leisure and imagination, as Edensor (2005) suggests in his book "Industrial Ruins". Inspired by the aesthetic of disorder, surprise and sensuality of the industrial ruins from Companhia Portuguesa do Cobre (Porto), from Ceres Cerâmica (Coimbra), from the tanks for leather tanning (Guimarães) and from the Instituto do Vinho e da Vinha that have given me a new outlook on the past and a tactile encounter with space and materiality, these works built essentially with industrial materials, such as iron, aluminum, stainless steel, glass and mirror, are closely connected to our collective memory, to desire and place. Maybe in a way of not letting us forget about this part of our history, the “abandonment time”, after these ruined buildings are demolished, recovered or a new function has been attributed to them (commercial, habitational, etc.), several of the works that compose my exhibition are inspired by the geometry, materiality and colour of the elements found there.” - Marisa Ferreira Marisa Ferreira (Guimarães, 1983), lives and works in Oslo (Norway) since 2008. She has a Master’s degree in Visual Arts from the Universidade of Évora and in 2008 she completed a postgraduate degree in Art and Design for the Public Space, at Faculdade de Belas-Artes da Universidade of Porto. She has been participating in group exhibitions since 2003 and she has had several solo exhibitions, such as "Transparency, Reflection and Colour" at the Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitectura in Guimarães (2016) and "Space, Rythim and Movement", at Messmer Kunsthalle (Germany, 2015). Since 2011, she has also been developing several public art projects in Norway and abroad, amongst which we may highlight: “Rear Window” at Oslo Central Station (2015), “Voyage dans le’ rhytme” at the New Royal Liverpool Hospital (2015-18), “Chromatic Rhythms” at the St. Raphael College (Ireland, 2016) and “Shall we dance?” commissioned by the Oslo City Hall for the city's historical centre (2017). She is currently a fellow of the Bildende Kunstneres Vederlagsfond and received scholarships to support her artistic activity by the Norwegian government in 2011, 2012, 2016 and 2017. Her work is represented in several private and public collections in Norway, Germany, Spain, Switzerland, France, England and Portugal, notably the Stavanger Kunstmuseum, Wintershall Art Collection and Messmer Foundation.
