Sexta feira, dia 8 de Dezembro pelas 15h30 na Reitoria da Universidade do Minho, a Azeituna fará a apresentação ao público da sua Autobiografia. Contamos com a vossa presença.
"Azeituna - uma autobiografia não-autorizada e assumidamente incompleta
Nenhum género literário tem tanto sucesso como a biografia não-autorizada. A perspectiva de cenas tórridas, escândalos e facadas nas costas faz vender os livros como pãezinhos quentes e enche a conta bancária de qualquer escritor fraquinho. Infelizmente nenhum escritor fraquinho se mostrou interessado em escrever a nossa história sem nos pedir autorização primeiro pelo que tivemos de ser mesmo nós a tomar a iniciativa.
O facto de ser a primeira autobiografia não-autorizada publicada no mundo deve ser encarado com naturalidade. Em primeiro lugar porque o mundo ainda é relativamente recente e em segundo porque o objecto da pesquisa é a Azeituna, uma tuna que nunca chegou a ser aquilo que era. Se o “já não é aquilo que era” serve para maldosamente depreciar, magoar e sugerir decadência, o “nunca chegou a ser aquilo que era” revela apenas uma saudável esquizofrenia de um grupo que só tem um caminho possível: o fortalecimento.
A escolha da variante “não-autorizada” sempre nos pareceu uma opção sem riscos: se vender bem, ficamos ricos e podemos fazer mais dez viagens ao Brasil; se vender mal, colocamos os autores em tribunal pela falta de autorização, pedimos uma indemnização monstruosa, ficamos ricos e podemos fazer mais dez viagens ao Brasil. Não pode falhar! Não vai falhar!
Rezam as lendas (sinónimo de Wikipédia; estudante cábula, atenção ao plágio) que a primeira autobiografia relevante a ver a luz do dia (autobiografia autorizada porque a primeira não-autorizada é a nossa) foi a de Santo Agostinho em 398 dc e a última a de Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones, no ano de 2010. Nas suas “Confissões”, Santo Agostinho mostra o seu profundo arrependimento pela vida pecadora que teve na juventude e descreve como se redimiu dessa vida convertendo-se num Santo; No seu “Life”, Keith Richards conta o episódio que o levou a snifar uma parte das cinzas resultantes da cremação do próprio pai.
Devidamente delimitada entre os pecados de Santo Agostinho e o amor à família de Keith Richards, a autobiografia não-autorizada da Azeituna percorrerá uma estrada sinuosa. Se tiver coragem, está convidado para nos acompanhar nesta viagem.
Bem-vindo a bordo?"
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