A 11 de Março, o “Sunday telegraph” anunciou, com uma dose considerável de sensacionalismo: «Lost work by Handel could rival Messiah. An unknown choral work by Handel that some music scholars believe will come to be regarded as significant as Messiah has been discovered in the library of the Royal Academy of Music.» Tratava-se de um “Gloria in excelsis Deo” para soprano de coloratura e orquestra a três partes, composto na juventude do compositor, provavelmente antes da sua partida para Itália em 1706 ou no princípio dessa célebre viagem que nos deixou outras obras como o salmo “Dixit Dominus” ou a oratória “Il trionfo del Tempo e del Disinganno”.
O musicólogo Hans Joachim Marx (à época, professor na Universidade de Hamburgo e responsável pela redescoberta desta obra) afirmou que poucas sopranos seriam suficientemente dotadas para executar esta peça. Felizmente, entre esse restrito grupo, contamos com a bracarense Sara Braga Simões que já apresentou a obra com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e, por convite da Sinfonietta de Braga, a traz finalmente ao seu público preferido.
A presença amiga da violinista Matilde Loureiro na liderança da Orquestra Sinfonietta de Braga já é reconhecivelmente regular. Como nos habituou, traz à descoberta uma suite de danças barrocas da autoria Johann Bernhard Bach cuja genialidade foi reconhecida pelo primo mais célebre do compositor (Johann Sebastian) que a copiou pessoalmente para a incluir na sua biblioteca privada.