18:30 até às 21:30
Inauguração 'Entre presenças' de Ângela Dias

Inauguração "Entre presenças" de Ângela Dias

A MUTE tem o prazer de a/o convidar para a inauguração da exposição de Ângela Dias, no nosso espaço expositivo, que acontecerá dia 30 de Novembro às 18:30 (terminando pelas 21:30). A mostra estará patente e aberta ao público de 2ª a 6ª das 15:30h às 19:30h até dia 5 Janeiro de 2018. 
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Ângela Dias | Entre Presenças

 
 … afirma que a utopia se realizou, por assim dizer, por si mesma e que o limite entre a cultura e a realidade se apagou.
 
Du Nouveau – Essai d`économie culturelle, Boris Groys, pág. 104 -105   
 

A exposição Entre Presenças prende-se com a referência do "valorizado e do profano", segundo extractos da obra de Boris Groys referida acima. O valorizado representa-se com um contexto histórico formador de normas e cânones e o profano refere-se ao quotidiano, ao acaso e à experiência individual e única.

A imagem valorizada pela referência à História Universal encontra-se então em diálogo com a imagem do pensamento, da realidade, da vida e do inconsciente que fazem apelo a qualquer coisa de diferente da cultura, para além da cultura e por consequência a qualquer coisa de profano:
 
… A sinceridade enquanto posição pertinente do ponto de vista cultural é o resultado de uma percepção tão precisa quanto possível da evolução do limite entre o valorizado e o profano num dado momento.
 
Du Nouveau – Essai d`économie culturelle, Boris Groyspág. 124
 
Passando para um outro elemento presente nesta mostra, temos a palavra escrita. Esse texto suscita imagem, tem um efeito de duração de tempo diferente do tempo que a imagem produz. Surge assim a  “imagem como presença sensível bruta”1 e o texto como discurso que cifra uma imagem invisível. Existe nestas peças uma articulação entre o visível e o que a palavra lida faz ver, permitindo a existência de dois tempos diferentes.

Criei múltiplas relações entre a série de livros A Arte nos Séculos e o momento presente, repleto de acontecimentos sociais, e criando uma tensão nova com a presença do individual. Isto permitiu-me fazer referência à memória colectiva, seguindo o princípio das revelações estéticas dos vários pólos culturais referidos nesses livros, tais como: o Antigo Egipto, a Arte Greco-Romana, Etrusca, Cretense e Africana. Este encontro de referências surge de uma intenção de criar uma linguagem universal, assim como promover encontros entre culturas diferentes.
 

Ângela Dias

(1) Ranciére Jacques: O destino das imagens, pág 20.

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Biografia Resumida:

Ângela Dias nasceu em 1976. Vive e trabalha em Loures e Lisboa. Frequentou e concluiu o Plano de Estudos Básicos de Pintura; o Curso Avançado de Artes Plásticas e o Projecto Individual em Desenho no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, em 2011.
 
         Frequentou e concluiu o Curso de Teoria e Prática da Pintura e Curso de Desenho na ArteIlimitada, Lisboa, em 2005. Participou em diversas exposições colectivas desde 1997, de que se destacam (selecção):
Períplos / Arte Portugués de Hoy, Museo y Centro de Arte Contemporânea de Málaga, 2016
Regresso ao Acervo + Jorge Queiroz, galeria João Esteves de Oliveira, Lisboa, 2015
SSS, do Colectivo Est Secum, Rua do Crucifixo, Lisboa, 2013
Do Sagrado Na Arte – Evangelhos Comentados Por Artistas, Convento de S. Vicente de Fora, Lisboa, 2014
Dois em Um, galeria João Esteves de Oliveira, Lisboa, 2013
         Fez as suas exposições individuais Geometrias ou Impressões dos deuses na Livraria Sá da Costa, em 2017 e Ab Manu (à mão), no Museu Geológico de Lisboa, em 2016.
         Está representada na Colecção do Ar.Co e na Colecção Figueiredo Ribeiro.


http://www.muteart.org/pt/angela-dias-entre-presencas/
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