O QUE UM LIVRO PODE 2015
Encontros à volta da edição de artista e da publicação independente
29. 30. 31. Maio
Atelier RE.AL - Rua Poço dos Negros, 55 - Lisboa
Organização: GHOST, Oficina do Cego, STET, TIPO.pt
Design by Playground.atelier
http://oqueumlivropode.tumblr.com/
Para a 4ª edição dos encontros O QUE UM LIVRO PODE, interessa-nos investigar a relação do livro com a performance. Pretendemos assim expôr práticas editoriais e artísticas que testam os limites físicos e as convenções usuais do livro colocando-o no centro de um dilema: entre ser um “acontecimento” autónomo, móvel e integrado no mundo ou ser um objecto passivo e silencioso servindo apenas de suporte às representações desse mundo. É nesse vai e vem que acreditamos operarem a(s) performatividade(s) do livro.
Qualquer livro precisa ser performado.
A mera leitura, seja ela silenciosa ou em voz alta, é um acto performativo. É uma acção imposta ao livro que transforma esse objecto numa outra realidade. Activa o livro, faz existir o seu conteúdo. Seja esse conteúdo palavras, imagens ou outros signos. Antes do conteúdo ser activado, a sua existência reduz-se apenas a uma realidade material, tradicionalmente paralelepipédico e constituído por páginas. É uma potencialidade.
No entanto existem publicações que acolhem a performance como uma dimensão singular e um desafio ao formato e desenho usuais do livro. Nessa perspectiva, ambicionam originar movimento, pretendem fazer sair o seu conteúdo da página, dar a (re)viver eventos e experiências sem mediação, aproximando-se de materiais heterogéneos, formas volumétricas, transformam palavras em desenhos. Desejam dar profundidade ao suporte.
Poderíamos dividir essas publicações em duas grandes famílias. Por um lado, as publicações que tentam documentar/reactivar/recriar uma performance através de depoimentos escritos ou visuais ou de reencenações propositadamente instrumentalizadas para integrar uma lógica editorial. Por outro lado, existem livros que por causa da sua arquitectura “obrigam” o leitor a sair da sua “posição” habitual de leitor. Ele é chamado a estabelecer uma relação mais performativa com a sua leitura/participação na construção dos significados propostos pela obra.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.