16:00 até às 18:00
Encerramento No Jardim da Dúvida - Performances Natura Opus e De Norte a Sul - Um Pedido de Água

Encerramento No Jardim da Dúvida - Performances Natura Opus e De Norte a Sul - Um Pedido de Água

Grátis
PROGRAMA DE ENCERRAMENTO

:: 16H30 - "DE SUL A NORTE - Um pedido de água"
Performance: Natascha de Cortillas e Leslie Fernández em colaboração com Susana de Medeiros
Chile, região de BíoBío / Portugal

20 pessoas, um percurso em torno de um círculo de 3 metros de diâmetro, 4 pontos cardeais, o poema Salí a buscar, de Silvana Ceballos Reyes, uma leitura colectiva, pedras, sementes,bandeiras. Um ritual, um pedido de água.
Uma acção / peça performativa activada pela acção dos participantes, especialmente projectada e desenhada para a Ermida de N.ª Sr.ª de Guadalupe, é ela também uma chamada de atenção para um problema ecológico, pontuada por metáforas, simbolismo e uma latitude 37ºN/37ºS - Chile/Portugal. Esta performance toca de perto e envolve a peça de Susana de Medeiros exposta No Jardim da Dúvida: "Um lugar onde vêm os pássaros de Verão".

:: 16:30 - NATURA OPUS
Instalação Sonora de Carlos Norton
Portugal

Instalação sonora sobre o conceito de jardim, enquanto questão intemporal da domesticação da natureza; ponto de encontro entre selvagens formas de vida naturais e o betão impositivo da vontade humana de recriar e moldar a paisagem.
Natura Opus é uma intervenção sonora que confronta as divergências na perspectiva de jardim, com sons paisagem provenientes do
Arquivo Sonoro Paisagístico do Algarve (ASPA), com recolhas feitas em jardins emblemáticos, de todas as tipologias possíveis consoante a definição de jardim.

:: MANUELA CANECO - Fio de Ariadne
Encerra o ciclo

Horário de Funcionamento:
:: Instalações na zona exterior da Ermida N. Sra. de Guadalupe
TERÇA a DOMINGO:
09:00 - 13:00 e 14:00 - 17:00
ENCERRA: Segundas-Feiras

:: Dia 16/10 - 16:30 Encerramento Performances: Natura Opus e
De Sul a Norte - Um Pedido de Água

ENTRADA LIVRE
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A peça performativa das artistas chilenas
Natascha de Cortlillas e Leslie Fernández
é uma peça colaborativa que se relaciona com a peça da artista Susana de Medeiros.
Estas duas artistas do sul do Chile apresentam-se pela primeira vez em Portugal.
A acção será performada pelo público por meio de um guião e traz para o território algarvio as sementes de um território espelhado, sendo a região BioBio no Chile, situada na latitude 37º S.
De uma forma metafórica, através de pequenas bandeiras onde os nomes das plantas da flora nativa chilena são desenhados e que serão colocadas no solo algarvio, estas plantas habitarão temporariamente o hemisfério norte.
Na Ermida de N. Sra. de Guadalupe era comum "pedir-se pela água".
Com o título " De Sur a Norte - Una rogativa para el água" (De Sul a Norte - Um pedido de água) esta peça performativa enuncia também, de uma forma indirecta, uma chamada de atenção para um problema ecológico: não só a água do sul do Chile é levada para a zonas de mineração no norte, como a agricultura intensiva tem afectado os lençóis freáticos nesta região. A ocupação do território com a agricultura intensiva é comum tanto na latitude 37ºN como na 37º S.

A peça de Susana de Medeiros
"Um lugar onde vem os pássaros de verão"restitui ao espaço exterior da Ermida um horto. Um lugar que habitamos, mas que também nos habita.
Habito dentro da grande pedra de água e sol diria António Ramos Rosa,
Respiro, sem o saber respiro a terra.
Sopro diria Emanuele Coccia, tudo está em tudo, uma metafísica da mistura, somos também líquidos ou gasosos, dentro do ar que respiramos, primos das árvores, das plantas.
O que é o espaço senão um intervalo pelo qual o pensamento desliza imaginando imagens? diria Ana Hatherly.
Susana de Medeiros deu a mão às suas palavras e imaginou a imagem de um horto.
Um poço seco, como uma fronteira circular, marca uma separação entre dois territórios. Num inscrevem-se as palavras cuidar e curar, noutro não. 
As três artistas refletem sobre a forma como a natureza pode ser pensada e 'domesticada': quer encarada como um recurso inerte pronto a ser objecto de rentabilidade económica, quer como Gaia (e os seus mil nomes).
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No Jardim da Dúvida é um projecto de arte contemporânea - de carácter multidisciplinar e centrado na problematização da noção de 'lugar' - cujas intervenções temporárias acontecem no espaço exterior da
Ermida de N. Sra. de Guadalupe, entrecruzando o trabalho de artistas de origens e percursos diversos, apresentado pela Associação Cultural "
O Corvo e a Raposa", com
curadoria de Susana de Medeiros e Ana Celorico Machado, em colaboração com alguns dos membros que integram os colectivos 289 (Faro) e The Beekeepers
(Castro Marim). A colaboração, além de artistas residentes do Barlavento ao
Sotavento, estende-se ainda ao hemisfério sul com a participação de duas artistas chilenas, com sede na cidade de Concepción, ambas tendo desenvolvido projetos com o colectivo
Mesa8.
Artistas: ANA CELORICO MACHADO | BERTÍLIO MARTINS | CARLOS NORTON | GUSTAVO JESUS | JENNIFER MUTETELI & PEDRO LEITÃO | LESLIE FERNÁNDEZ & NATASCHA DE CORTILLAS | MANUELA CANECO | MILITA DORÉ | TIAGO BATISTA | SUSANA DE MEDEIROS

No Jardim da Dúvida é o programa de Artes Plásticas da IV Edição de “Dias d'As Virgens Negras” 2021, promovida por O Corvo e a Raposa Associação Cultural e inserida no Programa do DiVaM - Dinamização e Valorização dos Monumentos do Algarve, uma iniciativa da Direção Regional de Cultura do Algarve. Os “Dias d'As Virgens Negras” são um projeto anual, que se define como uma homenagem ao local da Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe e ao culto ancestral que nela se estabeleceu, através da música e das artes plásticas. Neste ano de 2021 prosseguimos a nossa reflexão sobre as dúvidas que acercam o mundo contemporâneo.

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Curadoria e Produção: Ana Celorico Machado e Susana de Medeiros
Imagem gráfica: Susana de Medeiros
Divulgação: Luísa Baptista
Fotografia: Reinhold Spielberg

Contactos: Luísa Baptista
ocorvoearaposacultural@gmail.com

O Corvo e a Raposa - Associação Cultural
Direção: Ana Celorico Machado, Carme Juncadella e Daniela Tomaz
Gestão e Financiamentos: Daniela Tomaz

O Corvo e a Raposa (OCeaR) é uma associação cultural sem fins lucrativos, fundada em 2017 e sediada em Vila do Bispo / Algarve. A Direção da Associação é constituída por empreendedoras culturais originárias de diferentes regiões de Portugal, combinando diferentes perfis profissionais, o que permite uma simbiose artística singular. Oriundas da Catalunha, Porto, Lisboa, encontraram em 2017 no Algarve a sua residência, procurando a potenciação artística do Barlavento Algarvio, assim como a circulação e sinergias Norte-Sul, com particular enfoque na promoção de projetos artes plásticas, música erudita e música tradicional.

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