Direcção Regional de Cultura do Algarve
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Dia 09 de julho, pelas 16h, tem lugar na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe (Raposeira-Vila do Bispo) a inauguração de uma intervenção artística do artista plástico Bertílio Martins. Trata-se de uma abordagem poética à presença do conjunto megalítico vicentino (mais de duzentos menires existentes no concelho de Vila do Bispo), na qual o artista rege o seu processo criativo por um questionamento da matéria, sendo esta que sustenta uma produção de significado. Às 17h, Sandro William Junqueira, escritor, ator e encenador, irá apresentar uma leitura encenada das palavras de Húmus de Raul Brandão, numa aproximação e/ou choque, numa "deriva", em relação à instalação de Bertílio Martins. "A leitura encenará a transformação que ocorre no processo de criação: o húmus é a parte fértil da terra, onde se entranham e confundem a morte e a vida", afirma Sandro W. Junqueira. A intervenção, a terceira do ciclo Derivas Continentais numa organização da Tertúlia, Associação Sócio-Cultural de Aljezur, está inserida no programa DiVaM 2016, e ficará patente até ao dia 30 de julho. Bertílio Martins nasce em Faro em 1984. É licenciado em Artes Visuais pela Universidade do Algarve em 2011 e tem frequentado, como formação paralela, várias residências artísticas e workshops, como a “Réplica” (2013) em Tavira, ou “Plein Air 11” (2011) em Sevilha. Desde 2009 tem participado em várias exposições colectivas e individuais, 2015- “(Des)envolvimentos Emergentes”, Palácio da Galeria, Tavira; “Cadavre Exquis” Casa das Artes de Tavira; XVIII Bienal de Cerveira; 2013 - “Réplica”, Casa das Artes de Tavira; “VII Mostra de Arte Contemporânea” intercâmbio entre o Pólo Universitário do Rio das Ostras e a Universidade do Algarve, Portugal/Brasil; 2012- “É perigoso olhar para dentro” na Galeria Trem, Faro e Homeless Place”, Lisboa. Sandro William Junqueira nasce em 1974 em Umtali, na Rodésia e vive actualmente em Portugal. Fez incursões em áreas artísticas como a música, a escultura e a pintura. Foi designer gráfico. Diz poesia e trabalha regularmente como actor e encenador. Lecciona expressão dramática. É autor de projectos e ateliês de promoção do livro e da leitura. Publicou O Caderno de Algoz (Caminho, 2009), Um Piano para Cavalos Altos( Caminho e Leya Brasil, 2012). Foi um dos onze escritores da novela policial O Caso do Cadáver Esquisito (Associação Cultural Prado, 2011) e autor de um dos contos da colectânea Dez Contos para Ler Sentado (Caminho, 2012). Em 2012 foi considerado um dos escritores para o futuro pelo semanário Expresso.
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