No próximo dia 12, assinala-se o regresso ao Gato do acto irreconhecível do canto, do dizer poético, da voz animal e do grito. Uma prática que, ao que parece, foi concebida no Gato Vadio e a partir deste oferecida ao mundo. Desse acto, mais que misto e menos que místico, que o Nuno Pinto foi dando a ouvir ao longo da sua amizade com o Gato, saiu este Contracanto, desta vez com estreia prometida aos ecos do novo espaço. Suspeitamos que o Contracanto, em vez das melodias que se acompanham, traz consigo a vertigem tumultuosa dos sons e silêncios que se entrechocam.
O acto será gravado ao vivo e é executado com um risco que se espera todos venham a assumir.
Deixemos a palavra ao próprio Nuno Pinto:
«Algures entre a fala e o canto este acto é um poema que funciona como boca de incêndio na aterragem de emergência é um cantor de rua que recolhe os gatos vadios do amor é uma solidão privada tornada pública é o restauro do assombro entre ruínas»
Leitura em voz alta de poemas de Pigmeus da África Equatorial , de Índios Cunas do Panamá , de Índios Comanches dos EUA , de cantos das cerimónias canibais dos Huitotos e de mais feitiços por vir...
Estreia no sublimado Gato Vadio no dia 12 de setembro de 20 20 depois das nove horas
[na foto: o Contracanto ainda no seu estado natural]
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