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Nos 60 anos de «Nós Matámos o Cão-Tinhoso» de Luís Honwana

Nos 60 anos de «Nós Matámos o Cão-Tinhoso» de Luís Honwana

O livro de contos «Nós Matámos o Cão-Tinhoso», da autoria de Luís Bernardo Honwana (n. 1942), foi publicado em 1964, na então Lourenço Marques, atual Maputo. Primeira e única obra literária do autor até 2017, é composto por sete contos que retratam a realidade vivida em Moçambique durante o colonialismo tardio, os quais, no dizer de Vima Lia Martin (2017, p. 134), constituem a “denúncia da violência material e simbólica do racismo e de toda a sorte de injustiças” patentes na “atmosfera asfixiante vivida pelos trabalhadores colonizados e suas famílias”. O conto de abertura, com o mesmo título, é considerado entre as narrativas fundacionais da literatura moçambicana e uma das mais poderosas influências culturais da construção identitária deste país.
Nascido no seio de uma família assimilada, Honwana foi preso pela PIDE, conjuntamente com os poetas José Craveirinha e Rui Nogar, e com o artista plástico Malangatana, enquanto publicava «Nós Matámos o Cão-Tinhoso», sob a acusação de participar na luta de libertação nacional de Moçambique.
Luís Bernardo Honwana não haveria de publicar qualquer outro livro até «A Velha Casa de Madeira e Zinco», em 2017, criando por isso uma certa aura mítica em torno da sua atividade enquanto escritor e uma grande expectativa em relação à sua segunda obra.

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