A Cianotipia surgiu, em 1842, pelas mãos de Sir John Hershel e é o único processo fotográfico cuja fórmula química se manteve praticamente inalterável desde o seu aparecimento. Ela foi o primeiro processo fotocopiador amplamente difundido pela empresa Marion & Cie, tendo sido por isso bastante explorada em projetos de engenharia e arquitetura, ao ponto da palavra blueprint (planta/projeto de engenharia), se confundir com o seu processo – cyanotype (impressão azul). Além disso, foi com esta técnica se publicou uns dos primeiros livros com imagens fotográficas: um herbário realizado por Anna Atkins sobre a flora britânica.
Comummente designada como um processo fotográfico alternativo, no sentido em que diverge do sentido usual e comercial que damos à fotografia, a Cianotipia é um processo fotográfico que ao não necessitar de uma câmara para se realizar, faz com que esta não organize o espaço exterior segundo uma determinada ordem – a albertiniana, a euclidiana, a cartesiana. A construção mental para a redução do caos exterior que esta apresenta não contribui para a organização da memória, fabricando um olhar comum, uma cultura visual. Não assenta no primado da verosimilhança e nas leis da perspectiva, facto que a afasta visualmente do conceito histórica e socialmente construído para delimitar o território da fotografia. No entanto, esta não deixa de ser uma foto (luz) grafia (desenho/escrita) no sentido etimológico da palavra.
Nesta oficina, vamos aprender qual foi o contexto sociocultural para o seu surgimento, além de conhecer os segredos deste processo simples e acessível que não necessita de uma câmara fotográfica para se realizar, emergindo somente pela exposição da superfície fotossensível à luz solar. Neste sentido, também se discutirá a preparação de produtos químicos, o processo prático para fazer cianotipias em diferentes suportes, bem como alguns conceitos-chave próprios da técnica.
A dinamização da oficina estará a cargo de Joaquim Jesus e inclui um monitor.
PROGRAMA
-Breve apontamento técnico e sociocultural em articulação com
o livro “O lugar do olhar”.
-O processo químico;
-O suporte e a sensibilização do papel;
-O negativo/forma;
-A exposição;
-A revelação.
FORMADOR: Joaquim Jesus
DURAÇÃO: 4 horas
HORÁRIOS : 15h>19h�
PREÇO: 45€
INCRIÇÕES: info@landwork.pt
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