Inauguração da Exposição “Reflexões” da artista Gea Casolaro, no âmbito do Ciclo Arte Contemporânea na antiga Capela do Instituto Italiano de Cultura. Curadoria: Prof. Mário Caeiro. A inauguração conta com a presença da artista e do curador. A Exposição insere-se no programa dos eventos artísticos de ARCO Lisboa 2019. Através de uma série dos seus trabalhos fotográficos e um vídeo baseado no princípio do congelamento, Gea Casolaro convida os visitantes para sua exposição pessoal no Instituto Italiano de Cultura de Lisboa a uma reflexão sobre identidade. A identidade, segundo a artista, forma-se através das relações, dos lugares, da cultura, do diálogo. O trabalho da artista incita-nos desde sempre a aprofundar a realidade em que vivemos através da pluralidade dos pontos de vista e da experiência dos outros: só ouvindo, poderemos aumentar a nossa capacidade de entender o mundo que nos acolhe, dando assim o nosso contributo de respeito e humanidade. Gea Casolaro vive entre Roma e Paris. O seu trabalho investiga, através da fotografia, do vídeo e da escrita, a nossa relação com as imagens, com a contemporaneidade, a sociedade e a história. A sua pesquisa tem como objetivo ativar um diálogo permanente entre experiências e pessoas, para ampliar a capacidade de análise e conhecimento da realidade através do ponto de vista de outrem. Em 2009, Gea Casolaro participou numa residência artística na Cité Internationale des Arts, em Paris, para trabalhar no seu projeto Still here, sobre a relação entre cinema e vida quotidiana. Em 2011, por ocasião da LIV Biennale di Venezia, Padiglione italiano nel mondo, expôs uma série de trabalhos sobre o tema das fronteiras no Istituto Italiano di Cultura de Estrasburgo. Em 2013 participou numa residência artística no Instituto Italiano de Cultura de Adis Abeba, Etiópia, realizando um trabalho coletivo com um grupo de alunos da Alle School of Fine Arts and intitulado Sharing Gazes. No mesmo ano realizou duas missões fotográficas por encomenda: no Principado do Mónaco (a obra Forever Monte-Carlo foi exibida em The Forbes Galleries em Nova Iorque) e no Luxemburgo, no CNA Centre nationale de l'audiovisuel, onde realizou uma exposição intitulada Send Me a Postcard, a site aside, inside, in between, away. Em 2015 participou numa residência artística no Instituto Italiano de Cultura de Lima a trabalhar num projeto artístico participativo inspirado na obra do fotógrafo andino Martín Chambi, com um grupo de estudantes do Centro de la Imagen. Em 2016 ganhou o concurso do Município de Casale Monferrato (Itália) para a construção de um monumento de arte pública para o "Parco Eternot", nascido no local onde se encontrava a tristemente célebre fábrica da Eternit. Em 2017 e em 2018 realizou as exposições pessoais Con lo sguardo dell’altro, no Macro, Museo di arte contemporanea di Roma, e Nel corpo della città, projeto encomendado pelo Museo Laboratorio della Mente. Mário Caeiro, comissário de exposições, envolvido em vários projetos culturais de intervenção no espaço público, é docente na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. Doutorado em Artes Visuais e Intermédia pela Universidade Politécnica de Valência e pós-graduado em Design Urbano pela Faculdade de Belas Artes em Lisboa, o Centro Português de Design e a Universidade de Barcelona. É autor da obra Arte na Cidade (Círculo de Leitores, 2014), bem como o curador de projectos transdisciplinares e de espaço público mítico, de que é exemplo recente o Projecto VICENTE (2011-2018). É investigador do LIDA/ESAD.CR/IPL e CECC/FCS/UCP.