Sexta-feira, dia 15 de novembro, a partir das 18 horas, Marcelo Reis inaugura a exposição exposição “Quartzo leitoso para professar estase” . . Abraçado por feldspato e mica, o quartzo branco (leitoso) atrai o nosso olhar, num equilíbrio entre reflexão e difusão da luz que recebe. Mesmo ao nível do chão, rodeado por terra e pó, ele convida o nosso olhar por breves instantes, e por vezes levá-nos conosco. Movendo-se ao longo do tempo, que vai além da nossa existência, este mineral permanece estático por breves períodos, até partir para um novo lugar. Este cristal, ao potenciar dinamismo também professa a estase. Sendo a sua opacidade resultado de gases e líquidos guardados na sua formação, um sinal de memória que se acredita que pode ser limpo com a luz do luar. No sentido holístico, acredita-se que o quartzo branco traga clareza ao pensamento, relaxamento e emoções mais estáveis. Tecnologicamente, a sílica (que compõe 46,7% do quartzo, SiO4) é utilizada como material semicondutor, como nos paineis fotovoltaicos, ou para gerar oscilações estáveis nos relógios. Em ambos os sentidos, o quartzo é visto como uma fonte de estabilidade através da energia. "Quartzo leitoso para professar estase" convida-nos a pensar sobre os conceitos de dinamismo e estase não como opostos, mas sim como características relativas, representando um instante prolongado - como aquele momento em que paramos para observar uma pedra no chão. . . Esta exposição conta com o apoio da Direção-Geral das Artes, da Escola Superior de Educação do Porto, da Junta de Freguesia do Bonfim e das Galerias Mira.