4 – 7 setembro
quarta a sábado 19h30Sala Principal
(teatro)ACESSIBILIDADE
6 setembro
Sessão com legendagem em inglês e português para pessoas surdas e com audiodescrição (reconhecimento de palco às 18h30)Marco Mendonça
BLACKFACEEspetáculo do ano para o Público em 2023, Blackface regressa ao TBA depois da estreia no último Alkantara Festival. Para esta conferência musical — entre o stand-up e a fantasia, entre a sátira e o teatro físico, entre o burlesco e o documental —, Marco Mendonça procura os limites do que pode ser representado num palco, partindo de experiências pessoais e da história do blackface como prática teatral racista (desde as suas raízes nos EUA aos casos portugueses). Considerando a extensa biblioteca de eventos em que esta prática foi usada para retratar pessoas negras como membros inferiores da sociedade portuguesa, será possível achar que não existe racismo em Portugal?
Alega-se que a linguagem do “politicamente correto” contribui para o fim da liberdade de expressão de artistas que só querem fazer o seu trabalho. No espetáculo Blackface argumento que o racismo não é trabalho. Embora nomes conhecidos do humor português encham salas a fazê-lo, argumento também que o racismo não é humor. Embora séculos de opressão o tenham tornado um assunto tabu aos olhos do poder, argumento, por fim, que o racismo não é um mito. Não é trabalho, não é humor, não é mito, logo, qual é o seu lugar na arte?
Marco MendonçaMARCO MENDONÇA nasceu em Moçambique em 1995. É licenciado em Teatro pela ESTC. Participou em criações dos Possessos, estagiou no TNDMII, integrou obras de Gary Hill, Tonan Quito, Mala Voadora, Kassys, Artistas Unidos, Ricardo Neves-Neves e Foguetes Maravilha, entre outros. Com João Pedro Leal e Eduardo Molina, criou em 2019 Parlamento Elefante, projeto vencedor da primeira edição da Bolsa Amélia Rey Colaço. A sua segunda cocriação, Cordyceps (2021), venceu a Rede 5 Sentidos. Integra o elenco de Catarina e a beleza de matar fascistas de Tiago Rodrigues, em digressão nacional e internacional.
Blackface is a musical lecture, a mix of stand-up and fantasy, satire and physical theatre, burlesque and documentary. Based on personal experience and the history of blackface as a racist theatre practice – from its roots in the US to Portuguese instances –, Marco Mendonça searches for the limits of what can be represented on stage. Given the vast library of events where this practice was used to portray black people as inferior members of society, is it possible to think there is no racism in Portugal?
Direção artística, criação e interpretação
Marco Mendonça
Apoio à criação
Bruno Huca
Apoio à dramaturgia
Gisela Casimiro
Composição musical e sonoplastia
Mestre André
Desenho de luz
Rui Monteiro
Cenografia
Pedro Azevedo
Figurino
Aldina Jesus
Vídeo
Heverton Harieno
Direção técnica
Manuel Abrantes
Operação de luz
Felipe Silva
Produção
Alkantara (Sinara Suzin e Carolina Gameiro)
Coprodução
Alkantara Festival Teatro do Bairro Alto, Teatro Viriato
Residência de coprodução
O Espaço do Tempo
Apoio à residência
Moussem Nomadic Arts Centre
Apoio
Co-pacabana
Criação do guião de audiodescrição
FrancoAcesso
Tradução para inglês
Joseph Owen
Operação de legendagem
Patrícia Pimentel
Alkantara é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa
12 Eur. (integrado no Passe Cultura apenas disponível na Bilheteira do TBA)
Duração 90 min.
Maiores de 14
