Alexandre Estrela interessa-se pela porosidade e pela ambiguidade da experiência. As suas obras recorrem a elementos visuais, sonoros e espaciais para construir propostas sinestésicas que tanto revelam quanto destabilizam a nossa perceção, questionando a sua mecânica, os seus limites e a sua fiabilidade.
A exposição que o artista traz à Culturgest permite aferir os desenvolvimentos recentes das suas investigações, desta feita através de uma seleção de obras realizadas na última década e nas quais concorrem alusões a fenómenos da natureza, ao comportamento animal ou à noção de medo. Composta por constelações de peças, a exposição assume-se como um corpo rizomático distendido no espaço: um feixe vivo de estímulos, consequentes e articulados.
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