Em 2024, assinala-se a efeméride dos 110 anos do nascimento do artista João Hogan (Lisboa, 1914–1988).
O Panteão adensa a sensação de silêncio e de serenidade das bucólicas pinturas do artista, que encaminham o público para uma experiência emocional e sensível, contrastando com as sinuosas ruas da cidade que se encontram representadas nas gravuras. Perpetuando estes sentimentos contraditórios, as obras do pintor desejam revelar às gerações futuras “algo que jamais tem fim”. Através da tensão entre nascimento e morte, a exposição homenageia o artista português, apresentando a multiplicidade e diversidade do seu trabalho. A polifonia da exposição permite enunciar a eloquência do artista. Cada voz ou entoação é, por si mesma, uma forma de estar no presente, que questiona as narrativas históricas passadas e valoriza a individualidade da narrativa do seu autor.
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