Em 2019 foi atribuído ao Município do Porto o reconhecimento de Cidade Amiga das Crianças. Esta certificação, promovida e acompanhada pela UNICEF desde 2015, procura promover condições de acesso a bens e recursos que promovam a qualidade de vida das crianças, enquanto procura integrar os seus contributos na definição das políticas da cidade.
Uma parte fundamental deste trabalho passa pela melhoria da mobilidade, através da expansão da rede de ciclovias, oferta de transportes públicos e melhoria das condições de circulação para os peões. Outra, pela manutenção e ampliação dos espaços lúdicos ao ar livre para os mais novos. Embora muitas destas intervenções tenham sido efetuadas nos últimos anos no Porto, pouco ou nada mudou na autonomia dada às crianças na cidade. A grande maioria vai de carro para a escola. Os parques infantis e zonas de recreio são restritos e vedados.
Entretanto, no Porto e noutras cidades do mundo iniciativas de cidadãos procuram mudar atitudes e preconceitos sobre a agência dos mais novos nas suas cidades. O livro Se Essa Rua Fosse Minha, da autoria de Peter Füssy, com ilustrações de Thaís Mesquita, apresentado na Fazer #2, é um resultado direto dessa defesa de direitos cidadãos.
Imaginemos uma cidade em que a mobilidade das crianças é encorajada, o que transforma a forma como desfrutamos da mesma. Esta conversa com Peter Füssy, recém-chegado ao Porto, ex-jornalista e pai de uma criança de três anos, Ana Cristina Fernandes, especialista em Planeamento da Mobilidade Urbana, Tráfego e Transportes da Câmara de Matosinhos e Daniel Casas Valle, urban designer e fundador da associação Future Design of Street, convida-nos a mudar de perspectiva, centrando as crianças como agentes principais no design de uma cidade diferente – melhor para elas e fundamentalmente melhor para todas as pessoas.
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