Julia Dupont é uma artista francesa luso-descendente, nascida em 1990 (Avon, França), que vive e trabalha entre França e Portugal. Mestrado em Fotografia e Arte Contemporânea, sob a direção de Michelle Debat e Arno Gisinger, Universidade Paris 8, Vincennes-Saint-Denis, FR Julia Dupont expõe individualmente desde 2019 em França e Portugal e coletivamente em vários países como França, Portugal, Coreia do Sul, China e Bélgica.
O seu trabalho fotográfico centra-se nos espaços arquitetónicos e paisagísticos, como projeções materiais de um mundo interior. Em suas fotografias, fragmentos de espaços atravessados pelo tempo, ela desenha suas sensações durante o contato prolongado com formas construídas, objetos e suas histórias. Uma presença difusa e persistente, como um leitmotiv, retorna entre suas imagens, da luz, o que faz com que suas imagens tendam ao silêncio e à abstração. Para a sua primeira exposição individual, L` étreinte du silence, na Galeria Pedro Oliveira, apresenta um conjunto de fotografias da série Deep Surfaces, bem como um novo políptico. Estas obras colocam-nos perante aparições e apreensões luminosas encontradas em arquiteturas contemporâneas ou antigas, eruditas ou vernáculas, e a sua metamorfose sob a incidência do sol e da sua contraparte, a sombra.
A exposição será acompanhada por um texto do historiador e crítico de arte francês Marc Lenot.
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Wanderson Alves é um fotógrafo artista brasileiro (1979, São Paulo, Brasil). Pós-graduação em Filosofia Contemporânea e Fotografia. Atualmente frequenta o Mestrado em Estética e Estudos Artísticos – Fotografia e Cinema – na Universidade Nova de Lisboa. Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre as quais se destaca Cidade (Re)Velada, realizada em 2014 na cidade de Phoenix, Arizona EUA, onde também realizou Residência Artística, através de parceria com o Phoenix Institute of Contemporary Art ( FICA). Após esta exposição em Phoenix, uma de suas fotografias foi escolhida para fazer parte da coleção permanente do Mesa Contemporary Arts Museum.
«Na sua obra, as suas narrativas visuais, num constante processo de investigação, procuram estimular a reflexão do público através de uma poética única e de uma linguagem sofisticada. Esta viagem imbui cada imagem de um mistério intrigante: desvendar sem descrever. É o registo do profundo desconforto de olhar o inefável, através das lentes da arte, que provoca uma estranheza atraente nas suas imagens.»
A exposição será acompanhada por um texto do crítico de arte português Carlos França.