Teatro da Palmilha Dentada
Travessa das Águas 125, Porto, Portugal - Porto Ver website
O Encontro do Conto no Lugar apresenta o espectáculo de Marionetas "Horizonte" da Limite Zero para maiores de 3 anos Horizonte é a história de João, um miúdo de sete anos, nascido em Paradela, Miranda do Douro, que tem o sonho de conhecer o mar. Desde muito pequeno que insiste com os pais para que lhe proporcionem essa alegria, mas dinheiro é coisa que escasseia na família e, como se não bastasse, Paradela é o ponto mais distante do mar que existe em Portugal. Inconformado, o miúdo põe-se a ponderar hipóteses. Sabe que, a aventurar-se, o espera um enorme desafio, mas o desejo é tão grande que ele acaba por dizer sim à vertigem. Prepara uma trouxa com roupas e alimentos, ata-a a um pau e segue caminho, um caminho assinalado no mapa, em linha reta, até Esposende, nome desconhecido que, para ele, adquire desde logo uma dimensão mítica, tipo Meca. Encontra um pequeno pássaro caído junto a um sobreiro, com uma asa ferida, incapaz de voar. Dá-lhe umas migalhas de pão e faz-lhe um curativo tosco, valendo-se do que tem. Pergunta-lhe se o quer acompanhar na viagem, prometendo tratar dele, e o pássaro diz-lhe que sim. Então o miúdo coloca-o no bolso da camisa e o seu primeiro sorriso em aventura nasce antes do sol, mas com igual brilho. Daí em diante, João, assim se chama o nosso herói, vai encontrar uma série de animais pelo caminho, cada um à vez. Eles aparecem-lhe como resposta a dificuldades ou medos com que se depara, ajudando-o a superá-los. Há uma cobra, uma toupeira, um sapo, um dragão, uma borboleta, um lobo e um salmão. Através de todos eles, João aprende muito sobre os elementos naturais: a terra, a água, o ar e o fogo. O miúdo começa a perceber que mais importante do que o destino está a ser a caminhada, quando por fim desemboca de pé descalço na praia de Esposende. Sente-se entre o maravilhamento e a estranheza, dominado pela confusão, e aí corre e mergulha. Fica até ao último raio de sol. Depois, deitado na areia, debaixo duma lua que estende um manto de brilho plúmbeo do horizonte até aos seus pés, relembra o percurso com o pequeno pássaro. E todos os que se cruzaram com eles reaparecem. Estão ali, no bater das ondas e da aventura. No princípio, no meio e no fim. No coração, onde tudo acontece. Encenação - Raul Constante Pereira Texto – Marcos Cruz Música e sonoplastia - Emanuel Santos Desenho de Luz - Pedro Vieira de Carvalho Cenografia - Raul Constante Pereira, Emanuel Santos Marionetas – Albano Martins, Emanuel Santos, Inês Rosmaninho e Raul C Pereira Assistência de Encenação - Raquel Rosmaninho Apoio cénico - Inês Mariana Moitas Interpretação - Emanuel Santos, Raquel Rosmaninho e Raul Constante Pereira
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