A série "Blue" explora os muitos tons de azul, mostrando uma forte influência da vila e das paisagens marítimas do seu primeiro estúdio em Portugal, a Ericeira. Durães-West é um surfista viajante, marinheiro e faz mergulho livre. “Como para muitos de nós, o mar para mim é cativante. Eu não conseguia parar de olhar, paralisado pela sua cor, pela sua profundidade, pela sua vastidão. Tive de capturar essa cor, mas também o mistério do fundo e a sensação de expansão. É fácil imaginar os grandes exploradores portugueses a sentirem uma reverência e uma atração pelo horizonte azul". Na série "Dark Matters", vemos o tema do contraste começar a surgir. As pinturas começam a apresentar uma marca gestual em tons escuros e planos menores de cor recuada, mais brilhante. O artista pretende transmitir que, “na vida há sempre algum tipo de dor ou escuridão, agradecemos à dor pelas lições que nos dá, mas haverá luz e devemos agradecer à escuridão pois ela realça os nossos momentos mais luminosos”. A vida do artista britânico Justin West, também conhecido como Durães-West, tem sido cheia de contrastes. Nascido no Reino Unido, em 1973, cresceu na conservadora Arábia Saudita, mas cedo voltou ao Reino Unido para estudar num colégio interno. Essas experiências contrastantes tiveram um profundo impacto na sua juventude. Regressou ao Médio Oriente para trabalhar e, há dez anos, mudou-se para Portugal, onde mora com a sua família, trabalha na sua quinta e pinta no seu atelier no Monte Santa Maria, no Alentejo. A sua obra está dividida em quatro séries: Dark Matters, Blue, What, e o seu projeto atual: INFINITY. Como explica o artista, "baseiam-se em temas que abrangem profundidade, extensão, escuridão, luz, vida, morte e como o contraste nos permite medir as nossas experiências". O artista experimenta detalhes, gestos de cores escuras e tons mais claros. A sua série de obras é uma jornada de compreensão dos planos de cores claras e das marcas mais escuras e de como, apesar de tudo, tentam existir em harmonia.