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Apresentação do livro “ECOS DA NOITE - Delírios, Devaneios e a Própria Loucura" do autor Nhaba Kébra Apresentação por Carlos Mourão e Apolo de Carvalho 24 FEV | SEXTA-FEIRA 18H *Entrada livre
O autor Nhaba Kébra, a Editora Livraria Afropolitanu e o CCCV – Centro Cultural de Cabo Verde convidam a todas e todos para a apresentação do livro “ECOS DA NOITE - Delírios, Devaneios e a Própria Loucura", a ter lugar no dia 24 de fevereiro, pelas 18h, no CCCV, localizado na Rua de São Bento, nº 640, 1250-222 Lisboa. A entrada é livre. A apresentação estará a cargo de Carlos Mourão e Apolo de Carvalho. Haverá ainda um recital poético e performance musical com Nanny Lima, Heloisa, Charlie Mourão, acompanhados por Bilocas eTonecas.
Sinopse Ecos da Noite - Delírios, devaneios e a própria loucura, L2, é o segundo de um par de livros distintos lavrados, contudo, no mesmo chão uterino. Fruto do alter ego, Nhaba Kébra, um dissociado, luzógrafu de manifestação sonâmbula e inspiração sethânica. Ecos da Noite, tal como Solitudi Noturnu, L1 - este em Kabuverdianu - é a materialização em versos, dos noctívagos delírios do autor. Trata-se de um conjunto de textos poéticos, onde as imagens, o ritmo e a cadência se fundem, criando um umami próprio, ao atravessar as fronteiras do agre e do doce, sitiando cada região de duas línguas que se confrontam desafiando e agitando os sentidos como um trovão que rasga o véu da noite. Parcos textos quais arquipelágicos djulangi lançados à beira de um abismo de silêncio numa poética provocadora que convida à escuta dessas palavras que ainda germinam nas gargantas de um mundo negro e afropolitanu.
Biografia Alter ego do Djuntamon Afrikanu, Nhaba Kébra é uma irreverente segunda personalidade, de manifestação sonâmbula, expressão luzógrafu e inspiração sethânica que, na contramão, qual síndrome de Estocolmo, escreve na mesma língua cujos efeitos traumáticos de um seu ensino forçado, e à força, a terá originado. Nascido das catacumbas das imposições coloniais na alma ferida da criança inocente que, cada vez mais conscientemente, se sentiria agredida e humilhada por estas mesmas imposições – neocoloniais no pós independência – Nhaba Kébra, um dissociado, ainda por exorcizar, recorre, por escrito, à língua portuguesa para manifestar-se – sua única e contraditória forma de expressão. Uma expressão que só se revelaria com o seu despertar nos primórdios da segunda década deste terceiro milénio, quiçá catapultada nos ciclos de momentos conturbados vividos pelo Djuntamon Afrikanu nesse mesmo período... Com dois dos seus poemas publicados no Jornal Artilétra Nº 140, agora deu-se a estampa Ecos da Noite, uma coletânea dos seus desabafos, num teor combativo certo, porém na língua errada. Combate esse pela nossa língua de facto, a Língua Kabuverdianu, pela nossa cultura/identidade caboverdiana e africana, em suma, “pela libertação da indelével negrura da nossa alma”, que no seu acreditar deve deslanchar-se, ad aeternum, de todas as dependências neocoloniais, quais amarras, "o fator maior dos nossos atrasos".
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