Imagem: Cabrita, Compound #9, 2006. Col. Peter Meeker, em depósito na Fundação de Serralves – Museu de Arte Contemporânea, Porto. Depósito 2009. Fotografia: Filipe Braga
Com reconhecimento internacional consolidado, o trabalho de Cabrita (Lisboa, 1956) tornou-se crucial para o entendimento da escultura a partir de meados da década de 1980. A sua complexa obra, caracterizada por um idiossincrático discurso filosófico e poético, engloba uma grande variedade de meios: pintura, escultura, fotografia, desenho e instalações compostas por objetos encontrados e materiais industriais. O constante diálogo que o artista mantém com a história da arte, e a combinação de memórias, gestos e ações da vida quotidiana, acentuam o forte ímpeto metafórico que as suas criações sempre evidenciam.
Criados numa escala próxima do monumento, fragmentos do universo da construção surgem integrados em estruturas mais ou menos abstratas. A obra Compound #9 (2006) é constituída por uma grelha tridimensional de varões de ferro utilizados em construção como armadura para estruturas de betão armado. Este bloco permeável pelo olhar, que parece suspenso no tempo, vazio e absolutamente sólido, estabelece uma relação direta com o observador e com as dimensões do corpo humano — entendido como modelo simbólico de toda a representação.
Produção: Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea, Porto
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