As obras que José Loureiro apresenta nesta exposição são, nas palavras da curadora Antónia Gaeta, «de um lirismo lucidamente analítico e desprovido de resquícios sentimentais». O labor do ácaro e a sua vocação são as ideias subjacentes ao mais recente trabalho em papel do artista, onde se articulam em alguns nós especulativos que contemplam a volumetria e a voluptuosidade das corres, a carga dramática das figuras representadas e a composição. Loureiro seduz com a realeza dos ocres, a nobreza transcendente dos azuis e a intensidade do vermelho e do verde, onde trabalha em redor do ácaro que irrompe do papel, luminoso e elegante. Os ácaros assumem o aspeto de tramas de cor com as quais o artista compõe acordos e dissonâncias que repete com variantes sobre uma ordem não-predeterminada, construída graças a uma pesquisa contínua de equilíbrio formal.
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