Workshop de fusão Flamenco-Árabe

O Oriente Médio (Ásia Ocidental e Meridional) e Norte de África são áreas historicamente enlaçadas à Europa Meridional, em particular à Península Ibérica. 

A história e a cultura são a prova disso, e a música e a dança parte integrante das mesmas. Com base num trabalho de investigação sobre as origens mais remotas tanto do Flamenco como da Dança Oriental nasce, hoje em dia, o estilo de fusão chamado Flamenco Árabe.

A Dança Oriental (ou Raqs Sharqui) é de origem primitiva e inclui movimentos que originariamente eram parte dos rituais de fertilidade e de preparação para o parto, tendo sempre consolidado os laços familiares das mulheres entre si. 

O Flamenco, com esta denominação e tal como o conhecemos nos dias de hoje, tem pouco mais de 200 complexos anos de história; mas afunda as suas raízes em tempos muitíssimo mais antigos e precisamente também naquelas terras que foram berço da Dança Oriental ou “do ventre” (como é também chamada nos nossos dias).
O Sul da Península Ibérica sofreu, ao longo dos séculos, influências bizantinas, judaicas, africanas, ciganas e, sobretudo, muçulmanas. A música e a dança são a prova viva de quem somos e de que história, património genético e cultural temos. 

No caso da dança - especialmente quando praticada por mulheres - a Dança Oriental e o Flamenco apresentam muitos pontos em comum, entre os quais o movimento rítmico das ancas, a relevância das acentuações, o jogo sinuoso do tronco e de braços e mãos, o mexer de corpos nas suas mais diversas formas e idades. 
O propósito deste workshop é o de ir além dos simples pontos comuns e criar uma fusão intensa em que ambas as componentes se destaquem e sejam protagonistas. 

Neste workshop, propomo-nos a elaborar um diálogo directo entre os dois estilos, ou seja, explorar semelhanças nos dois estilos o que invariavelmente também leva a sublinhar diferenças. Esta exploração será feita não só através de pequenos trechos coreografados, mas também deixando que cada uma descubra e se perca por si só nessas mesmas linguagens através de um pouco de improviso. Desta vez, além das diferenças base de mãos e pés, incidiremos ainda um pouco mais na exploração e aprofundamento das voltas e das ancas.


Sobre Carla Sofia:
Bailarina, Coreógrafa, Professora de Dança Oriental e Actriz. 
Participa regularmente em diversos espectáculos e eventos enquanto bailarina, destacando-se Corbeaux apresentado no Festival Alkantara. Dedicou-se à Dança Oriental desde 2007 continuando sempre a aprofundar conhecimentos ao fazer formação nesta área e noutras danças do mundo, estudando com mestres nacionais e internacionais. Produz também os seus próprios espectáculos, sejam estes a solo ou em grupo. Em paralelo, o teatro fez permanentemente parte do seu percurso enquanto actriz, tendo sempre conciliado ambas as artes em palco e fora dele. Certificada em Dança Oriental pelo Conselho Internacional de dança da Unesco e membro do mesmo.

Sobre Martina María:
Bailarina, coreógrafa e Professora de Flamenco. Já membro do grupo “El Camino Flamenco” como bailarina e cantante, começou a dançar Flamenco e Sevillanas em 1999 e hoje em dia é bailarina da Escuela de Flamenco de Andalucía, instituição internacional que certifica os profissionais desta área. Participou em eventos e espectáculos, e segue formando-se e estudando com os mestres mais reconhecidos. 
Estudou balé durante 13 anos, dança contemporânea e moderna e danças tradicionais da Itália Meridional, tendo sido solista da companhia “Astarte”. 


Contribuição: 15 fusões para inscrições até dia 25 de Novembro de 2018 e 20 fusões para inscrições posteriores a esta data.

Nota: A inscrição só será válida mediante comprovativo de pagamento e a sua realização está sujeita a um número mínimo de participantes.

Informações e inscrições através do e-mail: dialogos.arteemmovimento@gmail.com
página Facebook: www.facebook.com/DialogosArteemMovimento

Apoio: Parque dos Príncipes (Telheiras, Lisboa)