A exposição intitulada Apontamentos sobre a consciência de Zeno pode entender-se como uma instalação que trabalha o espaço da galeria como uma espécie de mapa temporal ancorado nas tensões psicológicas que dominam a vontade e o desejo, ou a compulsão e o estado de consciência que a reconhece como uma condição irredutível da sua falência. Estes temas e indícios são estruturais na obra de João Leonardo, constituindo-se de forma discursiva como uma sequência de proposições que cada exposição nos apresenta, questionando-nos sobre as possibilidades de nos reconhecermos em acções, pensamentos e sentimentos que residem na nossa consciência do corpo enquanto inscrição da sexualidade, do prazer, do desejo, da dúvida e da morte.
O projecto desenvolvido para esta exposição iniciou-se com a leitura do livro A Consciência de Zeno de Italo Svevo, particularmente um dos seus capítulos, mas prossegue a sua investigação sobre o acto de fumar. O artista não trabalha sobre o fumo enquanto protocolo social e mundano, mas enquanto agente e motor do tempo que o prazer esgota, protelando a consciência da efemeridade daquele que usufrui.
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The exhibition titled Notes on the consciousness of Zeno can be seen as an installation that works the gallery space as a kind of temporal map anchored in the psychological tensions that dominates the will and desire, or the compulsion and the state of consciousness that recognises it as an irreducible condition of its own failure. These themes and clues are structural in the work of João Leonardo, creating a discourse as a sequence of propositions presented in each exhibition, questioning us about the possibility to recognise our selves in actions, thoughts and feelings that reside in our consciousness of the body as an inscription of sexuality, pleasure, desire, doubt and death.
The project developed for this exhibition started with the reading of the book The Consciousness of Zeno by Italo Svevo, particularly one of its chapters, but proceeds its investigation about the act of smoking. The artist work isn't about smoke as social and worldly protocol but as an agent and engine of time that pleasure exhausts, delaying the consciousness of the enjoyer's own ephemerality.
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