Rodrigo Amado Motion Trio Rodrigo Amado, saxofone / Miguel Mira, violoncelo / Gabriel Ferrandini, bateria Após dois anos de intensa actividade, altura em que editou quatro novos discos - The Freedom Principle (No Business), Live in Lisbon (No Business), ambos com o seu Motion Trio, Wire Quartet (Clean Feed) e "This Is Our Language" (Not Two), este último partilhado com três das mais importantes figuras do jazz livre actual, Joe McPhee (sax alto e trompete), Kent Kessler (contrabaixo) e Chris Corsano (bateria) - o saxofonista e fotógrafo Rodrigo Amado acaba de lançar, o seu 16º álbum, "Desire & Freedom", registo partilhado com Miguel Mira (violoncelo) e Gabriel Ferrandini (bateria), parceiros musicais de longa data que integram o seu celebrado Motion Trio. Nomeado, pelo terceiro ano consecutivo, pela prestigiada El Intruso International Critics Poll como um dos cinco melhores saxofonistas tenor em actividade, ao lado de Evan Parker, Joe Lovano, Jon Irabagon e Ingrid Laubrock, Amado realizou recentemente uma longa tournée europeia com o Motion Trio, tendo como convidado o trompetista Peter Evans. Concentrando grande parte da actividade neste trio, passou nos últimos dois anos por inúmeras salas de referência como o DOM em Moscovo, Jazz House em Copenhaga, Cafe Oto em Londres, Pardon To Tu em Varsóvia, De Singer em Antuérpia, Manufaktur em Estugarda ou a State Philharmony Hall em Oradea. Como refere o crítico e escritor norte-americano Stuart Broomer nas liner notes que escreveu para "This Is Our Language", "Amado is an emerging master of a great tradition, more apparent with each new recording or performance." Desde a gravação do seu primeiro disco, “Live LxMeskla”, gravado em 2000, que Amado não reunia um projecto composto exclusivamente por músicos nacionais. Oito anos mais tarde, após inúmeros concertos realizados com formações ad-hoc, sentiu finalmente que estavam reunidas as condições para formar uma verdadeira “working band”. Foi assim que surgiu o Motion Trio, partilhado com o violoncelista Miguel Mira e o baterista Gabriel Ferrandini, projecto no qual uma profunda empatia musical projecta claro o som do grupo – o espírito do bop e o fogo do free unidos sob o signo da improvisação livre e da composição em tempo real. Com o primeiro álbum do trio, editado em 2009, aclamado de imediato como um dos seus melhores trabalhos, e os quatro seguintes albuns a recolherem o aplauso unânime da crítica especializada internacional, com textos entusiásticos publicados em publicações de referência como as revistas Wire ou Signal to Noise, e ainda com colaborações bem sucedidas com os trombonistas Jeb Bishop e Steve Swell, o trompetista Peter Evans ou o pianista Matthew Shipp, o Motion Trio ganha velocidade e arrisca tornar-se a mais emblemática formação de Amado.