Tiago Mateus tem criado, de há cinco anos para cá, um novo percurso enquanto dramaturgo, encenador e intérprete de monólogos. Foi em 2012, com a colaboração artística de Alexandre Pieroni Calado e Marcello Urgeghe, que Tiago encenou e interpretou o espetáculo Estado Zero, experienciando o trabalho auto-biográfico que o fez tomar a decisão de lançar um gesto e apontar numa nova direcção. Em 2016 Tiago dá continuidade a esse percurso escrevendo e encenando O Actor que Pensava que o Teatro Era a Vida, um monólogo para o actor David Pereira Bastos, com quem partilha uma grande intimidade e confiança. O factor “intimidade” (com os artistas com quem se tem envolvido) permite-lhe escrever textos que imprimem uma ressonância e identificação imediata nos intérpretes; extrapolando, assim, o teatro de si próprio, pois, no entender deste artista, a arte alimenta-se da vida. Neste tipo de trabalho que permite um encontro entre artistas, íntimo e privado, espera-se que o resultado seja um produto pleno de sensação do real, de uma verdade que possibilita a utopia. Mónica Calle, actriz e encenadora, é um desses casos; com quem Tiago Mateus partilha uma relação de cumplicidade, amizade e admiração mútua há mais de 10 anos. A criação do texto original Não Estava à Espera de Morrer, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, surge do desafio proposto por parte de Mónica. Na sequência de encontros e conversas, o autor trabalhou sobre a matéria bruta e biográfica da actriz e encenadora, criando um texto poético inscrito num limbo entre ficção e realidade, permitindo, por um lado, um forte estímulo de identificação da actriz com o texto e, por outro, um distanciamento proposto pela zona criativa e fantasiosa do autor. Este texto permite-nos acompanhar a viagem dessa “figura-actriz-mulher” real e uma fantasia possível. Uma viagem de catarse num lugar sem nome e sem tempo - um eventual purgatório – onde um dos pontos estruturais da narrativa, codificada e delirante, é o esquecimento, com aquilo que na nossa vida conseguimos, ou não, lembrar e agarrar. “A independência tem o seu custo e a liberdade é um vício de que não quero abdicar. A liberdade não é um tijolo numa parede; é a minha mão direita. A esquerda é a minha arte, o meu ofício.” in Não Estava à Espera de Morrer de Tiago Mateus. ________________________ FICHA TÉCNICA Texto, encenação e espaço cénico: Tiago Mateus Interpretação: Mónica Calle Participação especial: Sofia Fialho Música “Hospital” e poema “O Mistério do Tempo”: Gonçalo Fernandes Este espectáculo tem o apoio da Fundação Calouste Goulbenkian. INFORMAÇÕES CONTACTO PARA ENTREVISTAS 969 107 622 / 919 022 035 josemiguelvitorino@gmail.com MORADA Teatro Casa Conveniente / Zona Não Vigiada Av. João Paulo II, Lote 536, 1-A, Bairro do Condado, Lisboa (Chelas) ACESSOS Autocarros 755 (Poço Bispo - Sete Rios), saída em frente ao Café A Paragem 759 (Estação Oriente - Restauradores), saída em frente ao Café A Paragem 793 (Estação Roma-Areeiro – Marvila), saída em frente ao BPI 749 (ISEL – Estação Entrecampos), saída em frente ao Café A Paragem NOTA: ao fim-de-semana não funciona Metro linha Vermelha, estação Chelas + autocarro 755 ou 759 linha Vermelha, Estação Bela Vista (saída Santo Condestável) + 5 minutos a pé ou autocarro 793 (saída em frente ao BPI) Estacionamento gratuito, facilidade de estacionamento. -- Comunicação e Assessoria de Imprensa José Miguel Vitorino