Vovó Ganza! Uma Comédia de Faca e Alguidar... M/12 SINOPSE: Num bairro muito pouco popular instala-se um 31: a polícia investiga um caso de tráfico. Quando o aparente inofensivo vizinho do 4º andar é preso por posse de droga, todo o bairro fica alerta e o prédio sob escuta. É aí que a porca torce o rabo! Adelaide de Jesus é a idosa simpática do rés-do-chão, que vive à míngua com a sua filha Hortência, uma encalhada que nunca juntou os trapinhos e desandou. Hortência esconde uma atração por Brocas, o afilhado problemático, que está de olho na miúda do amigo. Mas ainda a procissão vai no adro! Em apenas dois meses Lailai, mais conhecida por Vovó Ganza, vê o marido partir para terra da verdade, a sua casa ser penhorada e a filha perder o emprego, vendo-se obrigada a arregaçar as mangas antes que estale o verniz. Para mal dos seus pecados, inicia um negócio de família muito pouco convencional que chama a atenção de Antonieta, a coscuvilheira, o que a leva a ser eleita a principal dealer do bairro! Vovó Ganza é inocente e o resto são cantigas… SOBRE O ESPECTÁCULO: Vovó Ganza apresenta-se enquanto alerta cultural e humano, onde se vêem esbatidas as fronteiras entre o popular e o erudito, a mentira e a verdade, a liberdade e o poder. A encenação dialoga com a estética kitcsh e com o grotesco, procurando valorizar a tradição oral e artística lisboeta, através de um dispositivo de meta-teatro, cujo olhar sobre os laços familiares é entendido como microcosmo da insurgência do espírito humano em sociedade. Nas palavras da encenadora, Mónica Gomes, “o espectáculo é uma reivindicação da caricatura enquanto uma forma de capturar o fantasma, extrair o eterno do transitório, propondo-se a resgatar o poder da caricatura na sua potência subversiva e mise-en-scène da memória individual e colectiva. Trata-se de um dispositivo de reflexão sobre a construção da imagem, da fachada, aliado ao poder de agregação, reflexão e de problematização que caracteriza o teatro. A linguagem do espectáculo assume o uso do calão, de expressões tipicamente lisboetas, da metáfora como tentativa de revelar a potência, os limites da comunicação e a performatividade da linguagem. Há referências a Fernando Pessoa, a Shakespeare, a Van Gogh, narrativas reconhecidas por todos, no entanto muitas expressões não têm tradução directa, a sua força e o seu sentido é a história de uma cultura. A linha de força do espectáculo é o nosso percurso enquanto colectivo teatral, uma homenagem a pessoas e situações, a lutas, mas principalmente a sonhos. A luta pelos sonhos é uma narrativa universal. É isso que nos torna a todos super-homens, é aí que nos superamos. Esta comédia fala sobre isso: impossíveis tornados possíveis. O sonhador é o Homem livre por excelência”. O espectáculo é produzido pela Companhia Vidas de A a Z, com encenação de Mónica Gomes, texto, cenografia e desenho de luz de Sílvia Raposo e Mónica Gomes. Ficha artística PRODUÇÃO Companhia VIDAS DE A a Z TEXTO Sílvia Raposo Mónica Gomes ENCENAÇÃO Mónica Gomes ASSISTÊNCIA À ENCENAÇÃO Sílvia Raposo ELENCO VOVÓ GANZA Mónica Gomes HORTÊNCIA Margarida Camacho BROCAS Sílvia Raposo ANTONIETA Liane Bravo PALMIRA e JUDITE Anabela Pires DESENHO DE LUZ Mónica Gomes e Sílvia Raposo CRIAÇÃO E SELECÇÃO DE FIGURINOS Mónica Gomes CARTAZ/ILUSTRAÇÕES Sílvia Raposo CENOGRAFIA Mónica Gomes e Sílvia Raposo EQUIPA TÉCNICA Sílvia Raposo Ingresso normal: 7,50€ Ingresso especial jovens, reformados, descontos: 5€ Reservas: geral@teatroturim.com/Tel.: 217606666