Sinopse “E quem nos ouve? Pergunto, quem realmente nos ouve? Pergunto-te a ti, Quem realmente te ouve como queres ser ouvido?” Uma jovem com saudades do futuro, uma mulher que vive um dilema matrimonial, uma outra que defende o seu amor por Portugal e uma idosa perante a ameaça da morte do amor da sua vida encontram-se num mesmo espectáculo para partilhar as suas histórias sobre os medos, as interrogações, as inquietações, os desafios e as expectativas de Amar. O espectador é convidado a inscrever-se na história deste espectáculo, nessa história que dá voz, reivindicando à grande História, nomes e vidas esquecidas, que a ela pertencem, mas que nela se veem caladas. Vemo-nos confrontados com a tragicidade da vida humana, com o sofrimento e a esperança de amarmos e sermos amados, e com a comédia que é esta vida, abrindo-se uma realidade paralela onde várias personagens se encontram com uma freira narradora num limbo moderno, onde a ida para o céu ou para o inferno se faz de elevador à ordem do Espírito. As realidades portuguesas são parodiadas num dilema entre o livre-arbítrio humano e o poder divino, onde o divino assume as mais variadas crenças e formas. A Afrodite, a Cúpida, a Macumbina, o Pessoa e o Abundâncio da Anunciação, agente funerário, são algumas das figuras que vêm interromper e questionar a narração da grande história. Não se trata de uma tragédia, não se trata de uma comédia, trata-se da tragicidade e comicidade humanas no palco da vida, onde a tragédia e a comédia partilham a mesma história. Ficha técnica A partir da obra AMAR de Mónica Gomes e de poemas de Sílvia Raposo. MÓNICA GOMES Criação e direção artística Produção e gestão financeira Dramaturgia Guarda-roupa Cenografia SÍLVIA RAPOSO Co-produção Grafismo Desenho de som e luz Audiovisuais e site MÓNICA GOMES e HELENA RAPOSO Espaço cénico HELENA RAPOSO Produção e gestão financeira Guarda-roupa e adereços ELENCO Mónica Gomes Sílvia Raposo Rafael Mendes Duarte Lopes Sofia Garcia Pedro Portela Luís Correia Margarida Camacho M/12