Joana Gonçalves
“Ruptura”
Pintura
14.7.2013 - 24.7.2013
Horário: 18h30 às 21h30 (15h às 21h Sábado e Domingo)
Inauguração: sábado, 13 de Julho, 18h00
(No dia da inauguração haverá música composta especialmente para o evento
por André Gonçalves)
Curadoria: Luisa Santos
Ruptura
Texto de Luísa Santos
Uma das características de grande parte da arte contemporânea é poder ser entendida tanto por via de experiência como pela teoria. Olhar para o trabalho da Joana Gonçalves implica senti-lo e, não pedindo participação aos visitantes de um modo convencional, pede um tempo que já não estamos habituados a dar a imagens.
Em Ruptura (2013), Joana Gonçalves desenvolve uma ideia muito presente na realidade social e política actual, a necessidade de mudança. Seria fácil enquadrar o trabalho de Joana Gonçalves na história da arte, no tema que remete para a arte activista de mudança social dos anos 70 e, na forma que nos leva até às experiências pictóricas que desafiam a fronteira com a escultura de artistas como Frank Stella (1936). Apesar desta facilidade em enquadrar Ruptura (2013) na história da arte, aqui trata-se de uma reflexão sobre o momento actual.
Num momento em que as manifestações populares se multiplicam em pedidos de mudança, de ruptura para um novo começo, Joana Gonçalves vem reforçar a ideia de que a arte tem um papel social, seja como manifestação ou como reflexão. Para alguns sociólogos, é no caos se consegue a ordem e é nesta ideia que se desenvolve o trabalho de Joana Gonçalves. A questão sobre a arte poder ou não mudar a sociedade é longa e mantém-se por responder. No entanto, ao entrar na sala de pequenas dimensões do Round The Corner, repleta de pinturas em que a ruptura é uma constante, é fácil perceber que a arte tem, de facto, um papel de mostrar uma multiplicidade de perspectivas da realidade em que vivemos. Cabe-nos agora, reflectir sobre o que fazer perante essa realidade: Rompê-la e criar uma totalmente nova? Observá-la e criticá-la passivamente? É nestas questões que Ruptura (2013) assenta desenvolvendo-se na premissa de que a destruição do que existe implica a construção de algo novo, seja qual for a sua forma e potencial de construção de uma nova História.
Publicações:
http://issuu.com/round_the_corner
Round The Corner
Rua Nova da Trindade
Portas 9F – 9G
Lisboa, Portugal
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