O ciclo Materiais da Dança – Materiais Diversos, iniciado o ano passado, regressa para sinalizar o Dia Mundial da Dança oferecendo oficinas intergeracionais e gratuitas. Com o objectivo de partilhar com todos os interessados referências importantes e úteis no campo da dança contemporânea, assim como as suas múltiplas manifestações Filipa Francisco orienta uma oficina para jovens e adultos, amadores de dança ou teatro, professores ou animadores sócio-culturais. No âmbito do Festival Materiais Diversos 2016, Filipa Francisco, estreia no Teatro Virgínia Espiões, um espectáculo dedicado à construção e transmissão do vocabulário em dança. Faremos deste espectáculo a referência para a realização de algumas oficinas. De acordo com a disponibilidade, poderão frequentá-la em dois locais e horários diferentes: • O meu Museu da Dança - Alcanena Cine-teatro São Pedro terça 26 e quinta 28 de Abril das 21h às 23h30; • O meu Museu da Dança -Torres Novas, no Teatro Virgínia quarta 27 e sexta 29 de Abril das 18h00 às 21h00. Os interessados poderão inscrever-se até dia 22 de abril (próxima sexta-feira), através do email: inscricoes@materiaisdiversos.com ______________________________________________ Apresentação da oficina: O meu Museu da Dança / Filipa Francisco A ideia para esta oficina vem da prática de três anos com grupos folclóricos no âmbito do projecto “A Viagem”. Neste contexto, oriento sessões sobre a história da dança, escolhendo alguns dos artistas que, de alguma forma, provocaram rupturas no pensamento e nas práticas do corpo e do movimento. Aprofundar este tema tornou-se para mim essencial e manifesta-se agora através da criação de uma nova peça, Espiões. Esta é uma forma de me situar e de me reposicionar no meu próprio trabalho, abordar o passado para melhor compreender o presente. Como podemos então transmitir estas memórias e partilhar este património? Aquilo que proponho é levar os participantes a experienciar no seu corpo vocabulário e metodologias que, estando na base do meu trabalho, têm fontes específicas que me inspiraram. Assim, irei abordar com as pessoas a história da dança numa perspectiva subjectiva, através de artistas e espectáculos que me marcaram, principalmente 1980, de Pina Bausch que me acompanhou ao longo da vida e a que já recorri anteriormente nos projectos (R)existir (com e para reclusos) e a A Viagem(com e para grupos folclóricos). A oficina passa por transmitir uma frase coreográfica ou uma cena do espectáculo 1980, de Pina Bausch, e improvisar a partir dela. Depois de os participantes terem passado por esta experiência de apropriação e construção, poderemos visionar o vídeo do espectáculo e debater sobre as ideias de corpo e de dança contidas naquele espectáculo. Irei ainda mostrar vídeos de outros artistas também importantes no meu percurso, como: Birds, de Merce Cunnigham, e A classe morta, de Tadeus Kantor, bem como, possivelmente, Gust e Nossa Senhora das Flores, de Francisco Camacho, Shirtologia (Miguel), de Miguel Pereira, Pour Bien, de Sílvia Real, entre outros. Objectivos • Experimentar conceitos de improvisação, de construção e de desconstrução na composição cénica. • Reconhecer a dança contemporânea como património. • Introduzir os participantes no processo de trabalho do espectáculo Espiões.