A Casa da Praia convida para a exposição de Múltiplos dos Artistas residentes no ateliê, a inaugurar no próximo dia 16, sábado, pelas 17h. Haverá um sorteio de múltiplos dos 5 artistas integrantes, como forma de angariação de fundos para as melhorias do espaço e programação futura. ..... CÉCILE MESTELAN · FILIPE ANDRÉ ALVES · JOANA TRINDADE BENTO · PEDRO PEDROSA DA FONSECA · SÉRGIO AZEVEDO ..... Múltiplos Múltiplos consagra-se como a quinta exposição do ateliê Casa da Praia e a segunda no seu próprio espaço expositivo, em Lisboa. Do exercício de conjugar a actividade artística com outras responsabilidades laborais, surge o nome Casa da Praia, que se afasta do universo convencional dos ateliês e outros “locais da arte” e afirma uma atitude de aceitação de um tempo próprio necessário, criando um contexto de distanciamento em relação à dinâmica do mundo “real”: alguma espécie de refúgio das actividades quotidianas, que se mostra urgente e essencial. Fundado no início de 2014, o ateliê Casa da Praia surgiu da necessidade primária de dar continuidade aos processos de trabalho dos artistas fundadores, numa altura em que contavam cerca de dois anos do término das suas formações académicas. Esta exposição exibe os espaços de trabalho dos seis artistas que compõem o novo grupo residente, simultaneamente com os múltiplos escolhidos (pelos próprios) para figurarem na exposição. O percurso tem início no piso térreo com uma apresentação de múltiplos que dá título à mostra e desenrola-se, inevitavelmente, para o andar inferior revelando, neste segundo momento, a fatal predominância de um lugar-laboratório como espaço embrionário que se cria e aqui se funde com as obras expostas. O ateliê é, à partida, um local de intimidade e privacidade, que se quer preservado e resguardado do exterior, permitindo a natural convivência com o erro e frustrações inerentes às experiências e gestos mais intuitivos do processo criativo. É também o local do caos e da “desorganização”, um espaço de acumulação de materiais e utensílios variados, de ideias e “arquivos” pessoais – “coisas” sem sentido aparente. Em Múltiplos este espaço torna-se visitável pela segunda vez e os artistas tornam-se anfitriões, abrem as portas do seu ateliê ao público e apresentam uma exposição que liga simbólica e fisicamente, dois pontos do caminho da obra de arte – do ateliê à exposição, por meio de peças de autor que se situam algures entre o exercício de reflexão e a obra final. Esta exposição dá ainda o mote a um sorteio de seis múltiplos, uma iniciativa informal para apoiar o ateliê, que pretende dar início a um projeto de programação anual e levar a cabo obras de melhoramento do espaço.