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Blasons + Doesdicon
Blasons_© José Caldeira & Doesdicon_©Júlio Silva Castro

Blasons + Doesdicon

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Preço €12 a €15 com descontos | Abrangido pelo Passe Cultura - disponível apenas na bilheteira do Teatro 

O Teatro São Luiz faz sessão dupla com dois espetáculos do coletivo Dançando com a Diferença: Blasons, de François Chaignaud, estreado em 2022, e Doesdicon, criado por Tânia Carvalho em 2017. Blasons remete para os brasões (Blasons) conhecidos como símbolos heráldicos que caracterizam uma família, uma cidade ou uma organização, mas também para os poemas com o mesmo nome, que surgiram em meados do século XVI em França. E explica-se assim: “Em torno de Clément Marot, um grupo de poetas da corte comprometeu-se a brasonar partes do corpo feminino, ou seja, observá-las, descrevê-las e elogiá-las. Esses brasões – dedicados à garganta, aos lábios, à sobrancelha, ao pé ou ao mamilo – deram depois origem aos contrabrasões, seus homólogos satíricos e críticos. Esses brasões literários – contemporâneos dos avanços da dissecação anatómica – oferecem um pacto inédito e inquietante entre perceção, objetivação e estetização. O corpo do outro – o corpo do brasonado – torna-se campo de observação – divisível e apropriável; o brasão coloca-o num pedestal, tanto quanto o esvazia da sua humanidade. Historicamente, o brasão literário é, portanto, a expressão do privilégio daqueles que descobrem e consideram o mundo e os outros como sua posse, de um ponto de vista superior. Com os artistas da Dançando com a Diferença, comprometemo-nos a recuperar esta dinâmica do brasão – e revertê-la. Os bailarinos não são mais os corpos estranhos, magníficos ou curiosos que passamos a observar e esquadrinhar – eles oferecem-se para nos mostrar a sua maneira de brasonar o mundo, ou seja, de olhar o público para dançar um elogio ou uma sátira. O brasão torna-se então um ato de empoderamento, através do qual se recupera a legitimidade da própria perceção. É também uma forma de aproximar as noções de soberania, ornamentação e representação aos seus limites grotescos.”
Já sobre Doesdicon, escreve a coreógrafa: “Composição para desenho de movimentos fixos, não rígidos. Trabalho dos contrastes rítmicos do corpo em deslocação ou não. Passa uma pessoa… Mas não. São mais pessoas. Uma aqui, outra mais ali. E aquela? Não estava ali antes. Ou estava? Estava fixa num ponto e não a vi antes. Os movimentos fixos são depois libertados. Não contra estes mesmos movimentos. Não para os apagar, mas para os estender a. Já ali passou mais alguém…”

Datas e Horários

19 a 21 setembro
quinta a sábado, 20h (sessão dupla)

Local

Sala Luis Miguel Cintra

Fonte: https://www.teatrosaoluiz.pt/espetaculo/blasons-doesdicon/
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