Partindo da conceção de uma matéria vibrátil e de uma ecologia não binária, as propostas performativas, as caminhadas e os debates que Silvestre acolhe pretendem contribuir para a consciência de que os seres humanos participam numa rede que tanto nos liga aos cães como nos liga aos vírus, tanto nos liga às árvores quanto aos fungos. Trata-se pois de buscar globalmente uma afinação com o mundo mais-que-humano. Silvestre aspira a uma aproximação à terra, ao chão, àquilo que habita as camadas geológicas, a um planeta vivo e fremente.
Mas Silvestre é também a afirmação da potência da simples ação de caminhar, como exercício de autotransformação face à paisagem que flui. O festival é também um modo de celebrar a primavera valorizando esse outro lado do património de uma grande metrópole. Silvestre busca finalmente um enraizamento benfazejo nos lugares, envolvendo as comunidades locais e grupos de cidadãos para uma cidade melhor.
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