O vento vem trazendo imagens, sopra agora com mais intensidade e os apanhadores de vento usam as máquinas para segurar as imagens – ei-las que ficam retidas em pequenas caixas, serão alguma vez dignas de ser avistadas na sua forma física? Há, então, formas de desencantar o vento e concentrá-lo numa forma física, imprime-se o vento de luz em papéis adequados, encaixilha-se o que é indomável, e, agora, um raio de sol, um pingo de chuva, um pormenor de um muro, uma longínqua paisagem ganham a forma plana de uma fotografia colocada por sobre uma parede para que o olho trabalhador sobre ela derrame a lágrima da curiosidade. Três apanhadores do vento de luz, separados em diferentes locais, cada um municiado de subtilezas, enquadramentos e pareceres mais ou menos técnicos, recolhendo a safra da labuta.