Escola de Mulheres - Oficina de Teatro
Rua Alexandre Braga, 24A - Lisboa Ver website
Num espaço onde a regra principal é o desconforto, a proposta é que o pratiquemos em conjunto. Através de várias histórias contadas por alguém que nos pode servir tanto de guia como de espelho, vamos pensando passado, presente e futuro. O nosso, o do mundo e o do nossos.
É desconfortável crescer. E tudo à nossa volta cresce a uma velocidade desconcertante e mais rápido do que gostaríamos. Quando o exoesqueleto da lagosta se torna demasiado apertado e desconfortável, ela rompe-o, e vulneravelmente exposta aos predadores, produz uma nova carapaça ajustada ao seu tamanho. Quando esta se torna novamente desconfortável, o processo repete-se.
É no desconforto que se cresce. Mas como? E para quê? É reconfortante saber que não nos andamos a questionar sozinhos, e curioso que, num mundo com infinitas perguntas, andemos muitas vezes todos à procura das mesmas respostas.
“ÀS VEZES TENHO A SENSAÇÃO DE QUE TODA A GENTE SABE O QUE ANDA AQUI A FAZER MENOS EU.”
Não sei se foi o mundo que mudou muito nos últimos cinco anos, se fui só eu, ou se a crise dos 30 me atirou um pano encharcado às trombas. Mas enquanto a mudança à minha volta acontecia, e eu esperava para atravessar a pé a fronteira do Perú, ou esperava para ser atendida na fila do pão, das finanças ou numa cadeira de hospital, fui rabiscando centenas de histórias em cadernos do tamanho do meu bolso das calças.
Escolhi não esperar mais e partilhá-las da forma mais desconfortável possível: em palco sozinha na primeira pessoa. Porquê? (Isso pergunto eu agora.)
Talvez seja a forma que arranjei para acalmar esta cabeça frenética e insegura e de perceber se sou a única maluqui... AMBIVALENTE (!) por aqui.
Desconforto é aquilo que sentimos imedia-tamente antes de a mudança acontecer.
Seja.
Diana Nicolau
Texto, Criação, Encenação e Interpretação Diana Nicolau Assistência e apoio à criação Inês Ferreira Silva Desenho de som André Freitas de Almeida Desenho de luz Rui Braga Cenografia e Direcção Arte Cuca Figurinos José António Tenente Tecido Vertical M. Matias Movimento Inês Afflalo Direcção Técnica e Operação Daniel Nicolau Fernandes Apoio ao vídeo Jorge Albuquerque Comunicação Ana Nicolau Fotografia Raquel Pellicano
Um agradecimento especial às vozes: André de Almeida, André Nunes, Bruno Madeira, D. Elisete, Eduardo Rêgo, Elsa Galvão, Inês Ferreira da Silva, Ivo Canelas, Rita J. Cervantes, Lúcia Moniz, Mafalda Marafusta, Manuel Moreira, Maria Camões, Marta J. Cervantes, Rafaela Covas & Vítor Sousa.
Apoios Fundação GDA, K IA Portugal, Saugella
Parceiros GUEL Produções Audiovisuais, f508, Restaurante A Minha Avó, Tiago Cabaço Winery
acolhimento Escola de Mulheres
M/14
DESCONFORTÁVEL um monólogo de Diana Nicolau Sala de Teatro do Clube Estefânia 11 a 14 de janeiro 2024 5ª a sábado às 21h00 | domingo às 17h30
informações e reservas: geral@escolademulheres.com | 915 039 566
A Escola de Mulheres tem o apoio de República Portuguesa - CULTURA | Direção Geral das Artes | Câmara Municipal de Lisboa
Rua Alexandre Braga, 24A - Lisboa Ver website