Reinterpretar o Mar é o nome escolhido para esta mostra do projeto IMPRESSÕES de PEIXES da artista plástica Daniela da Silva Ferreira (LUZALBA). Tem como foco a arte de estampar o peixe, obtendo assim um registo fiel e sustentável à interpretação da fauna marinha local.
Apresenta-se como um tributo ao mar português e às suas gentes, encontrando na raiz da escassez a sua oportunidade. Capaz de se assumir como fio condutor entre os vários interpretes do mar, é com criatividade que reinventa o território conectando a pesca, a ciência, a educação e a gastronomia ao mundo das artes e da sustentabilidade.
Nada se estraga, tudo se recupera, é o mote da primeira exposição individual da artista em Portugal. Residente em Veneza, Itália (2010-2018) e agora no Algarve, é no regresso às raizes que a sua investigação artística se emerge numa nova concepção do real. No seu legado, as tradições e artes piscatórias renascem graças ao processo criativo. Trata-se da impressão directa de peixes capturados através da pesca artesanal, abrindo o discurso ao consumo consciente. A monotipia, técnica de gravura, utiliza o peixe fresco pintado com tinta de choco. O decalque é feito com tecidos recuperados de têxteis descartados de diversos hotéis.
Cada peixe pode ser impresso mais do que uma vez, num entanto todas as gravuras são únicas. No final, os peixes são limpos e consumidos, não havendo qualquer desperdício. Assim como as suas escamas ou peles, também elas reutilizadas, rematando um ciclo onde a arte e a sustentabilidade se complementam.
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