A mala voadora convidou António Guerreiro para, durante o quadriénio 23-26, organizar um ciclo de cinco encontros em torno dos temas de que a companhia vai aproximar-se nos seus espetáculos. Depois de, em Abril, termos falado sobre feminismo, este segundo encontro é organizado em torno da ideia de revolução. António Guerreiro convidou para virem à mala voadora: Dario Gentili, João Pedro Cachopo, José Gil, José Neves, Kitty Furtado, Marta Lança, Reginaldo Silva e Sinziana Ravini. A seguir, já em 2024, iremos falar de animais. Guerreiro explica: Nas vésperas do cinquentenário da Revolução de Abril de 1974, considerada muitas vezes um epílogo na história das revoluções políticas, o que é feito da ideia de revolução e que olhar lançamos hoje sobre a sua história política, social e cultural? Estas questões são o ponto de partida para reflexões e discussões num Encontro que reúne especialistas e estudiosos de várias disciplinas e de diferentes latitudes. A ideia e a experiência revolucionárias, alimentadas por uma tensão a que se dava o nome de “progresso”, configuraram e legitimaram o discurso da modernidade, provocaram rupturas e interrupções violentas na ordem social e política, determinaram novas representações da história a que correspondem novos regimes de temporalidade. A nossa época é marcada por revoltas e já não por revoluções: o imaginário da revolução e as suas próprias condições de possibilidade parecem ter chegado ao seu fim e suscitam geralmente um olhar crítico. A palavra “revolução”, uma metáfora que quase se tinha cristalizado num sentido político e social, viu-se agora devolvida às figurações eminentemente metafóricas, como são a “revolução tecnológica”, a “revolução digital” ou a “revolução ecológica”. Horário: Sábado, 11 de novembro, das 10:30 às 18:20. Domingo, 12 de novembro, das 11h00 às 12:3 Programa completo aqui: tinyurl.com/encontrosobrerevolucao Entrada livre sujeita à lotação