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Conferência “O Presidente Manuel Teixeira Gomes - alegrias e tristezas do seu mandato, 1923 - 1925'

Conferência “O Presidente Manuel Teixeira Gomes - alegrias e tristezas do seu mandato, 1923 - 1925"

No próximo dia 13 de outubro, a partir das 18h00, terá lugar na Casa Manuel Teixeira Gomes a conferência “O Presidente Manuel Teixeira Gomes - alegrias e tristezas do seu mandato, 1923 - 1925", na qual José Alberto Quaresma traçará a síntese biográfica do ilustre portimonense, antes de se centrar no mandato presidencial do estadista e escritor.

O conferencista abordará a precoce interrupção de Manuel Teixeira Gomes do mandato de Presidente da República e consequente abandono do país, para nunca mais regressar, não sem antes ter tido um gesto de nobreza e amor pela terra onde nasceu, ao elevar Vila Nova de Portimão à categoria de cidade, assinando decreto presidencial publicado em Diário do Governo a 11 de dezembro de 1924, data que é atualmente feriado municipal.

Para assinalar o primeiro centenário deste tão marcante acontecimento, o Município de Portimão, através das suas instituições culturais, irá realizar entre os anos de 2023 e 2025 um conjunto de importantes eventos em muitas áreas, da cultura às artes, passando pelo desporto.

Ao longo desse período festivo, serão promovidos concertos, exposições, conferências e visitas culturais, entre muitos outros eventos alusivos ao centenário da cidade de Portimão e que serão divulgados oportunamente, sendo dada particular atenção aos alunos das escolas do Município, de todos os graus de ensino, no sentido de suscitar a ampliação do conhecimento sobre a vida, obra e contexto histórico-cultural desta importante personalidade nascida no Algarve.

Conjuntura desfavorável

Nascido em berço aconchegado, Manuel Teixeira Gomes fez a instrução primária em Portimão. Aos dez anos seguiu para Coimbra, onde completou os Preparatórios do Seminário (o equivalente ao 5º ano liceal ou, hoje, ao 9º ano de escolaridade). Apesar de ter frequentado o curso de Medicina na Universidade de Coimbra e nas Escolas Médico-Cirúrgicas de Lisboa e do Porto, nada fez.

Surpreende que o boémio inconstante se transformasse num arguto negociante e viajante muito culto, pelo norte da Europa e toda a bacia do Mediterrânio. Os seus múltiplos talentos empurraram-no para o convívio com os grandes artistas e escritores, despertando-lhe a criação literária, vindo a ser considerado um dos maiores escritores do século XX.

O longo interregno como embaixador de Portugal em Londres levou o apaixonado colecionador de arte a ter um papel decisivo na política nacional e internacional, contribuindo de forma decisiva para o reconhecimento da república portuguesa e para a entrada de Portugal na Grande Guerra, dirigindo as delegações aos importantes fóruns internacionais do pós-guerra, ao ponto de chegar a vice-presidente da Sociedade das Nações.

Em 5 de outubro de 1923, Manuel Teixeira Gomes tomou posse na Assembleia da República como o sétimo Presidente da República Portuguesa, sucedendo a António José de Almeida. Ao tempo, a eleição era indireta e feita pelos representantes das duas Câmaras do Congresso da República. Só ao terceiro escrutínio, realizado a 6 de agosto de 1923, conseguiu a maioria, contra o outro candidato, Bernardino Machado.

Numa conjuntura política muito instável, o mandato de Teixeira Gomes foi exercido com enormes dificuldades. Entre greves, tentativas de golpes de Estado, insurreições militares, anarquia nas ruas, tudo contribuiu para o agravamento da situação social, económica e política do país, daí resultando que o mandato, em condições normais de quatro anos, tenha sido abreviado para dois anos e dois meses, por renúncia ao cargo.

Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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