Está marcada para as 17h00 de 15 julho a inauguração na Casa Manuel Teixeira Gomes da exposição “Trilogia algarvia – Os frutos secos em Portimão”, que até 31 de agosto proporciona um olhar histórico sobre a importância que os figos, amêndoas e alfarrobas tiveram na economia local.
Os frutos secos revelaram-se como uma das facetas mais importantes da industrialização inicial do Algarve, cuja atividade se desenrolava nos fumeiros, armazéns onde se preparava o figo, a amêndoa ou a alfarroba.
Essa atividade de empreitada, sobretudo feminina, era sazonal e realizava-se de agosto a dezembro, muitas vezes complementando com o trabalho nas fábricas de conservas de peixe.
A mostra, que reúne fotografias de época, diversos artefactos utilizados e os próprios frutos secos, também dará destaque aos antigos donos da casa onde ficará patente, a família Teixeira Gomes, conhecida pelos seus fumeiros, tendo o escritor e Presidente da República Manuel Teixeira Gomes sido um relevante intermediário e embaixador na internacionalização dos frutos secos algarvios pela Europa.
A exposição, desenvolvida pelo Museu de Portimão, pretende proporcionar um olhar sobre esta matéria-prima de referência no Algarve e que vai rareando na atualidade, ao ponto de ser necessário importar figos e amêndoas, mas que ainda continua a fazer as delícias de muita gente, na forma dos típicos doces manufaturados pelas mãos habilidosas das doceiras portimonenses, de que são exemplos o doce fino, os D. Rodrigo e o queijo de figo, embaixadores da região.
