A antiga Lota de Portimão, recebe de 7 setembro a 7 de outubro, a exposição “A minha história da Guitarra Portuguesa”. José Paulo Maia Costa, um dos maiores colecionadores de guitarras portuguesas do nosso país, partilhou connosco esta sua paixão e o seu percurso de descoberta da guitarra portuguesa. Selecionou um conjunto de guitarras para figurarem em exposição e orientou muitos dos conteúdos consigo relacionados.
O som característico tirado das 12 cordas da guitarra portuguesa, foi certamente um dos principais motivos para que o fado, considerado a nossa canção nacional, fosse consagrado como Património Imaterial da Humanidade. Elemento inseparável deste estilo musical, este instrumento tem direito a um especial protagonismo, fruto da sua própria construção, forma e sonoridade, bastante distintas e desenvolvidas ao longo do tempo, por um importante conjunto de mestres guitarreiros, dos quais se destacam entre outros, os nomes de Álvaro da Silveira e das famílias Grácio e Cardoso.
Para além da sua particular e intensa utilização no fado, a guitarra portuguesa possui uma singular individualidade, muito para além dos limites estilísticos da canção nacional, graças à obra de autores como Carlos Paredes ou Pedro Caldeira Cabral.
Esta é uma exposição que revisita a alma do Fado e nos sábados 14, 21 e 28 de setembro “Há Fado na Lota”, com a recriação de uma casa de fado, carregada de história e simbolismo.
Nesta exposição cheia de novidades, o visitante poderá descobrir as formas e os sons da Guitarra Portuguesa, mas também fruir do espaço como fosse uma casa de fado e sempre com o famoso quadro “O Fado “ do pintor português José Malhoa, criado em 1910.
A inauguração está agendada para o dia 7 de setembro, pelas 19h00, na antiga Lota de Portimão. No dia seguinte, 8 de setembro, pelas 19h00 “Há Fado na Lota”com a presença de fadista Ana Paula Martins, acompanhada por Custódio Castelo na Guitarra Portuguesa e Carlos Garcia, na Viola de Fado.
De referir ainda que, a guitarra portuguesa foi alvo de uma exposição temporária por parte do Museu de Portimão em 2012, com o foco a residir no trabalho do “luthier” português Óscar Cardoso. Realizada em conjunto com o colecionador José Paulo Costa e o Museu do Fado, fez-se na altura uma homenagem a um dos componentes essenciais à materialização do fado como Património Cultural e Imaterial da Humanidade.